sábado, 27 de agosto de 2011

Blog Oficial do Orkut: Orkut Ao Vivo apresenta: Cidade Negra, 5ª feira, à...

Blog Oficial do Orkut: Orkut Ao Vivo apresenta: Cidade Negra, 5ª feira, à...: Depois do sucesso da entrevista do Nx Zero na semana passada e, ainda em clima de Rock in Rio, o Orkut Ao Vivo traz a banda Cidade Negra ...

Estou exagerando...A proposta do Blog é esta mesmo...pensar...comparar... e...

 
Jô Soares

O material escolar mais barato que existe na praça é o professor!

Se É jovem, não tem experiência.
Se É velho, está superado.
Se Não tem automóvel, é um pobre coitado.
Se Tem automóvel, chora de "barriga cheia'.
Se Fala em voz alta, vive gritando.
Se Fala em tom normal, ninguém escuta.
Se Não falta ao colégio, é um 'caxias'.
Se Precisa faltar, é um 'turista'.
Se Conversa com os outros professores, está 'malhando' os alunos.
Se Não conversa, é um desligado.
Se Dá muita matéria, não tem dó do aluno.
Se Dá pouca matéria, não prepara os alunos.
Se Brinca com a turma, é metido a engraçado.
Se Não brinca com a turma, é um chato.
Se Chama a atenção, é um grosso.
Se Não chama a atenção, não sabe se impor.
Se A prova é longa, não dá tempo.
Se A prova é curta, tira as chances do aluno.
Se Escreve muito, não explica.
Se Explica muito, o caderno não tem nada.
Se Fala corretamente, ninguém entende.
Se Fala a 'língua' do aluno, não tem vocabulário.
Se Exige, é rude.
Se Elogia, é debochado.
Se O aluno é reprovado, é perseguição.
Se O aluno é aprovado, deu 'mole'.
 

É, o professor está sempre errado, mas, se conseguiu ler até aqui, agradeça a ele!
 
ATUALIZA AI ... ESTAMOS EM 2011, NADA MUDOU !!
 

sexta-feira, 26 de agosto de 2011

CRIANÇAS - CIEM - VISITAM ATERRO SANITÁRIO DE UBERABA

ATERRO SANITÁRIO DE UBERABA - LEIA DOCUMENTO - FONTE: NET

RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO PRELIMINAR
Aterro Sanitário de Uberaba
Uberaba, Minas Gerais
Brasil
Preparado para:
Fundação Estadual do Meio Ambiente - FEAM
Preparado com o apoio de:
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos da América (EPA)
Programa de Aproveitamento do Gás Metano de Aterros Sanitários
Preparado por:
Arquivo No. 02210030.04
Abril de 2011
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
i
Í n d i c e
Seção Página
1.0 Resumo Executivo ................................................................................................................................... 1
2.0 Apresentação ......................................................................................................................................... 1
2.1 Propósito do Relatório de Avaliação ...................................................................................... 2
2.2 Fonte de Dados ............................................................................................................................ 2
2.3 Limitações do Projeto .................................................................................................................. 3
3.0 Descrição do Aterro Sanitário ............................................................................................................. 3
3.1 Operações no Aterro Sanitário ................................................................................................ 6
3.2 Informações sobre a Disposição de Resíduos ...................................................................... 10
Taxas Anuais de Disposição de Resíduos ............................................................................. 10
Dados sobre a Composição dos Resíduos............................................................................ 11
4.0 Projeções de Geração e Recuperação de Gás de Aterro Sanitário ........................................ 12
4.1 Informações sobre o Modelo INternacional de GAS da SCS .......................................... 12
4.2 Parâmetros de Entrada do Modelo ...................................................................................... 13
Valores para a Variável k do Modelo ................................................................................ 13
Fator de Correção do Metano ............................................................................................... 13
Valores para o Variável Lo do Modelo ............................................................................... 14
Eficiência de Recuperação de GAS ...................................................................................... 14
4.3 Resultados do Modelo ............................................................................................................. 15
5.0 Opções de Utilização do Gás de Aterro Sanitário ...................................................................... 16
5.1 Geração de Eletricidade ........................................................................................................ 17
Programas Brasileiros de Energia Renovável ..................................................................... 17
Opções para Geração de Energia Elétrica de Uberaba ................................................ 19
5.2 Uso Direto ................................................................................................................................... 19
5.3 Queima Direta Do Metano e o Comércio de Emissões ...................................................... 22
6.0 Outras Considerações do Projeto ..................................................................................................... 23
6.1 Direitos sobre o Gás do Aterro Sanitário ............................................................................ 23
6.2 Segurança e Catadores .......................................................................................................... 23
7.0 Recomendações .................................................................................................................................... 23
7.1 Gestão do terreno .................................................................................................................... 23
7.2 Implantação do Projeto ........................................................................................................... 24
8.0 Conclusões ............................................................................................................................................. 25
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
i i
L i s t a d e F i g u r a s
No. Página
Figura 1. Localização do Aterro Sanitário de Uberaba ................................................................ 4
Figura 2. Frente de Trabalho ............................................................................................................... 5
Figura 3. Escritórios Adminsitrativos .................................................................................................... 6
Figura 4. Estação de Pesagem............................................................................................................. 6
Figura 5. Fossa Perimetral .................................................................................................................... 7
Figura 6. Trincheira de Drenagem de Chorume ............................................................................... 7
Figura 7. Lagoas de Evaporação de Chorume ................................................................................. 8
Figura 8. Poço de Dreno em Construção ............................................................................................ 9
Figura 9. Poço de Dreno com Gaiola ................................................................................................. 9
Figura 10. Poço de Dreno com Queima de GAS ................................................................................ 9
Figura 11. Projeções de Geração e Recuperação, Aterro Sanitário de Uberaba, Brasil ........ 16
Figura 12. Duto Conceitual para o Centro Insdustrial ...................................................................... 21
L i s t a d e T a b e l a s
No. Página
Tabela 1 - Estimativa de Disposição de Resíduos - Aterro Sanitário de Uberaba ........................... 11
Tabela 2 - Dados sobre a Composição dos Resíduos - Aterro Sanitário de Uberaba .................... 12
L i s t a d e Anexo s
Anexo A – Resultados de Modelo de GAS
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
ATERRO SANITÁRIO DE UBERABA
1.0 RESUMO EXECUTIVO
Este relatório, que apresenta uma avaliação sobre um único projeto de utilização ou queima de
gás do aterro sanitário (GAS, ou sua sigla em inglês LFG,
Engineers (SCS), com o apoio da Global Methane Initiative (GMI), da Agência de Proteção
Ambiental dos Estados Unidos da América (EPA) e da Fundação Estadual do Meio Ambiente
(FEAM) para o Aterro Sanitário de Uberaba no Município de Uberaba, Brasil. Esta avaliação foi
preparada com base nas informações fornecidas pela Prefeitura Municipal de Uberaba (PMU) e
em observações feitas durante a visita ao aterro em 13 de abril de 2010.
O local de disposição tem funcionado como aterro sanitário da cidade de Uberaba desde 2005. O
aterro sanitário tem aproximadamente 320.000 toneladas (t) de resíduos sólidos municipais
(RSMs) dispostos até a visita ao aterro em abril de 2010 e tem uma capacidade estimada restante
para outros 1,85 milhões de toneladas de resíduos, totalizando 2,07 milhões de toneladas em seu
encerramento. Com base na taxa de disposição projetada para 2010 (72.000 t por ano) e uma
taxa de crescimento previsto pela Prefeitura de 4,8 por cento, o aterro estará completo ao final de
2026.
Um modelo de geração e recuperação de GAS foi preparado com base nas taxas estimadas de
disposição de resíduos, composição de resíduos, fatores climáticos, condições do terreno e
possíveis eficiências de coleta estimadas. Os resultados do modelo indicam que o aterro pode ser
um bom candidato a um projeto de captura e combustão de GAS e possivelmente a um projeto
de utilização de metano, embora o potencial modesto para a geração de eletricidade faça com que
a geração de eletricidade no aterro seja provavelmente menos viável em termos econômicos do
que outras opções como o uso direto ou somente a queima de metano. As reduções de emissões
estimadas, com vistas à possível obtenção de créditos de carbono (Reduções Certificadas de
Emissões) no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, associadas à combustão de
GAS totalizam aproximadamente 390.000 t de carbono equivalente (CO
período de 10 anos (2011 – 2020).
Landfill Gas), foi preparado pela SCS2e) ao longo de um
2.0 APRESENTAÇÃO
Este relatório de avaliação para o Aterro Sanitário de Uberaba foi preparado pela SCS Engineers
(SCS) para o Programa de Aproveitamento de Gás Metano de Aterros Sanitários (LMOP) da
Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA), como parte da Global Methane
Initiative, uma iniciativa internacional para ajudar países parceiros a reduzirem as emissões de
metano para aumentar o crescimento econômico, fortalecer a segurança energética, melhorar a
qualidade do ar, melhorar a segurança industrial e reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
2
2.1 PROPÓSITO DO RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
O propósito geral do Relatório de Avaliação do Aterro Sanitário de Uberaba é realizar uma
avaliação das potenciais taxas de recuperação de GAS e uma avaliação preliminar das opções
para a utilização de GAS. O propósito geral é alcançado por meio da busca dos seguintes
objetivos:
características físicas, gestão do terreno e dados sobre a disposição de resíduos.
Resumir e avaliar as informações disponíveis sobre o aterro, incluindo as suas
incluindo estimativas da quantidade de GAS recuperável ao longo do período do
projeto.
Avaliar as considerações técnicas para o desenvolvimento de um projeto de GAS,
geração de eletricidade, de uso direto e de somente queima de metano.
Examinar as opções de utilização de GAS disponíveis, incluindo os projetos de
2.2 FONTE DE DADOS
As seguintes informações foram usadas na preparação deste relatório: (1) baseadas nas
observações da equipe da SCS durante a visita ao terreno, realizada no dia 13 de abril de 2010;
(2) fornecidas pela Superintendencia de Serviços Urbanos e Estradas Rurais de Uberaba durante
a visita ao terreno; (3) fornecidas em um formulário de dados completado; e (4) fornecidas pela
Superintendência de Serviços Urbanos e Estradas Rurais de Uberaba em um e-mail com data de
17 de agosto de 2010 à FEAM.
Os dados consistem de:
Data estimada de abertura do aterro (2005).
Tamanho das áreas usadas para a disposição e a área total do aterro.
Profundidades máximas atuais estimadas de resíduos
Capacidade total estimada do aterro em metros cúbicos (m3).
dados da estação de pesagem.
Taxas médias de disposição de resíduos de 2006 a agosto de 2010 com base nos
Dados sobre a composição dos resíduos.
compostagem.
Práticas para o tratamento e controle de chorume, reciclagem de resíduos e
experiência de SCS no mercado internacional.
Custos de equipamentos, materiais, e instalação estimados (médias internacionais e a
Identificação de potenciais usuários finais de GAS na vizinhança do aterro sanitário.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
3
2.3 LIMITAÇÕES DO PROJETO
As informações e as estimativas contidas neste relatório de avaliação se baseiam nos dados
fornecidos pela Prefeitura Municipal de Uberaba. Nem a EPA, nem os seus terceirizados podem
assumir a responsabilidade pela veracidade desses dados. As medidas, as avaliações e as
projeções apresentadas neste relatório se baseiam nos dados e nas condições físicas do aterro
sanitário conforme observado no momento da visita ao aterro. Os pareceres profissionais aqui
apresentados não estão sujeitos a garantias, sejam elas expressas ou implícitas. As mudanças no
uso da propriedade ou nas condições (por exemplo: variação pluviométrica, no nível da água, nos
sistemas de cobertura final ou outros fatores) podem afetar a recuperação do gás no terreno de
disposição. A EPA e a SCS Engineers não garantem a quantidade ou a qualidade do gás
disponível no aterro sanitário.
3.0 DESCRIÇÃO DO ATERRO SANITÁRIO
O Aterro Sanitário de Uberaba está localizado na cidade de Uberaba, no Estado de Minas Gerais,
Brasil. Está localizado a aproximadamente 19 quilômetros (km) ao sul do centro de Uberaba e
494 km a oeste do centro de Belo Horizonte, capital do Estado de Minas Gerais (veja localização
do terreno na Figura 1). O clima em Uberaba é classificado, pelo método de Köppen, como
“Aw”, tropical quente e úmido, com inverno frio e seco. A temperatura média diária é de 23 °C.
O nível de precipitação médio anual em Uberada está estimado em 1.570 mm, do qual mais de
88 % cai nos meses de verão, entre outubro e abril.
1
A cidade de Uberaba está localizada no
planejamento no Estado de Minas Gerais
cidades de Uberlândia e Uberaba. Uberaba tem uma população de cerca de 296.300 habitantes e
um PIB per capita de R$18.862 em 2009, mas é uma das cidades que mais cresce no Brasil
Triângulo Mineiro (TM), uma das dez regiões de2. O TM é uma área agrícola e industrial rica e inclui as3.
Cada habitante gera cerca de 0,8 kg de RSM por habitante por dia, em comparação aos 1,25 kg
por habitante por dia para Belo Horizonte.
4
1 Fonte:
dados completos (em Belo Horizonte e Araxá).
2 Portal do Governo de Minas Gerais: http://www.mg.gov.br/governomg/portal/m/governomg/conhecaminas/
geografia/5671-regioes-de-planejamento/5146/5044
3 Panorama Resíduos Sólidos 2009, ABRELPE
4
www.worldclimate.com. A estimativa anual é uma média de valores para as estações mais próximas comIbid
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
4
Figura 1. Localização do Aterro Sanitário de Uberaba
O Aterro Sanitário de Uberaba pertence ao Município de Uberaba. O terreno cobre 45 hectares
(ha), dos quais aproximadamente 17 ha deverão ser usados para a disposição de resíduos. A área
de disposição está dividida em quatro células ou "blocos". O Primeiro Bloco, com quatro
hectares, está fechado e a disposição de RSMs é feita no Segundo Bloco. A Figura 2 mostra uma
vista da frente de trabalho do Segundo Bloco.
Aterro Sanitário
Uberaba
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
5
F i g u r a 2 . F r e n t e d e T r aba l h o
Sistemas de mantas estão instalados nas células existentes (Blocos 1 e 2) que consistem dos
seguintes elementos:
Três camadas de argila, cada uma compactada a uma espessura de 20 centímetros.
existente.
Uma camada de asfalto (Asfalto Diluído de Petróleo CM- 30) foi espalhada sobre a argila
As áreas restantes do aterro contêm o antigo depósito de lixo sem manta, os reservatórios de
tratamento de chorume, os escritórios administrativos (ver Figura 3), a balança e a estação de
pesagem (ver Figura 4), as estradas de acesso e as zonas tampão.
Uma camada de argila compactada.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
6
F i g u r a 3 . E s c r i t ó r i o s
A d m i n i s t r a t i v o s
F i g u r a 4 . E s t a ç ã o d e
P e s a g em
3.1 OPERAÇÕES NO ATERRO SANITÁRIO
O aterro começou a operar no dia 30 de novembro de 2005. A organização que opera o aterro
sanitário é Uberaba Ambiental, S.A., a qual foi outorgada o contrato de concessão para a
operação do aterro sanitário, assim como a coleta de resíduos em Uberaba, em 2005, por um
período de 20 anos.
O aterro está aberto de segunda-feira a sábado, 24 horas por dia. A quantidade de resíduos que
entra no aterro é quantificada por meio de uma balança automatizada e de um sistema de registro
computadorizado simples. O terreno de Uberaba tem um bom suprimento de argila com pouca
permeabilidade. Os custos de disposição são recuperados por meio de um imposto municipal
pago pelos moradores chamado "Imposto sobre Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU)"
e não se baseiam nas quantidades de resíduos dispostos. Os empreendimentos comerciais pagam
cerca de R$2,50 por tonelada..
Cada uma das quatro células de disposição ("blocos") consiste de oito "plataformas" com uma
espessura de cinco metros que estão sobrepostas verticalmente. Cada plataforma é preenchida
lateralmente quando se empurram os resíduos para cima com o uso de uma escavadora mecânica
tipo buldôzer que passa várias vezes sobre os resíduos. Não são usados compactadores. O aterro
tem uma buldôzer (trator de esteira) de tamanho médio e uma menor e tem acesso a uma
escavadora. Uma cobertura de solo intermediário, com cerca de 20 cm de espessura, é aplicada
sobre cada plataforma à medida que o aterro se estende e esta cobertura não é removida
posteriormente. A frente de trabalho raramente é coberta.
A cobertura final será aplicada sobre a área total de disposição de resíduos, 17 ha, e consiste de
40 cm de argila e 20 cm de solo orgânico para apoiar uma camada de vegetação.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
7
As águas pluviais são controladas por meio de sistema de valas perimetrais que inclui valas ao
longo da cobertura final (ver Figura 5).
F i g u r a 5 . V a l a s P e r i m e t r a i s F i g u r a 6 . T r i n c h e i r a s d e
Drenagem d e Chorume
O chorume é coletado através de trincheiras de pedras dispostas como espinhas de peixe
(trincheiras laterais com ângulos paralelos que levam a uma trincheira principal no meio)
instaladas na base do aterro e no topo da cobertura intermediária sobre cada plataforma com 5
metros de profundidade. As trincheiras de pedras na base do aterro são direcionadas para um
ponto onde é feita a coleta e o bombeamento do chorume para as lagoas de tratamento. As
trincheiras de pedras no topo de cada plataforma são direcionadas para os drenos de chorume
(que também funcionam como drenos passivos de GAS), de onde o chorume é drenado para o
sistema de coleta de chorume na base do aterro.
Os assentamentos diferenciados das camadas intermediárias podem fazer com que os drenos de
chorume em cada plataforma se tornem ineficazes devido à inclinação negativa, à obstrução ou à
fratura. Em função da grande quantidade de argila usada nas camadas intermediárias, podem
ocorrer zonas suspensas ou represamentos (poças) no topo da argila.
Uma solução alternativa comumente usada em outros aterros no mundo é cobrir completamente
a base sobre a camada impermeável com uma camada de drenagem (ex.: pedras), protegendo de
maneira adequada a camada impermeável e inclinando a base de modo que o chorume seja
coletado no ponto inferior da camada de base. Além disso, a cobertura imediata deve ser
removida (na medida do possível) antes de uma nova plataforma ser instalada. As redes de
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
8
drenagem de camadas intermediárias não devem ser instaladas; no entanto, estas pedras devem
ser usadas na camada de base. As camadas intermediárias de argila não oferecem estabilidade
adicional e, de fato, podem gerar instabilidade e planos de falhas se as grandes zonas suspensas
ou poças ocorrerem no topo das camadas intermediárias.
O chorume é tratado em uma série de quatro lagoas de chorume (ver Figura 7), sendo as duas
primeiras menores, porém bastante profundas (cinco metros de profundidade), onde ocorre
digestão anaeróbica. O chorume é então transferido para as duas grandes lagoas aeróbias de
tratamento. Apenas uma pequena quantidade de chorume é transferida para a lagoa final e as
poças nunca precisaram de bombeamento para remover o chorume final tratado. Dado o nível
pluviométrico de Uberaba provavelmente o chorume está vazando das lagoas. As lagoas não têm
manta sintética, mas o solo na região é uma argila de alta permeabilidade.
F i g u r a 7 . L a g o a s d e E v a p o r a ç ã o d e C h o r u m e
O terreno tem um sistema de drenos passivos de GAS que consiste de poços de drenos que
penetram no fundo dos resíduos no Primeiro Bloco, tendo sido construídos para cima a partir da
camada de base à medida que os resíduos vão sendo depositados. Há drenos que são construídos
com dutos de concreto com 90 cm de diâmetro que são então cercados por gaiolas cheias de
pedras, como se pode ver nas Figuras 8 e na Figura 9. Cerca de quatro dos poços têm os topos
cobertos com uma tampa quadrada de concreto com um tubo de metal no centro (ver Figura 10).
O GAS emitido por este tubo é aceso periodicamente para queimar o GAS a fim de diminuir o
odor e o risco de explosão no local.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
9
F i g u r a 8 . P o ç o d e D r e n o e m
C o n s t r u ç ã o
F i g u r a 9 . P o ç o d e D r e n o c o m
G a i o l a
F i g u r a 1 0 . P o ç o d e D r eno c om Queima d e G A S
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 0
3.2 INFORMAÇÕES SOBRE A DISPOSIÇÃO DE RESÍDUOS
T a x a s A n u a i s d e D i s p o s i ç ã o d e R e s í d u o s
Segundo as informações disponíveis, o aterro sanitário começou a receber resíduos no dia 30 de
novembro de 2005 e tinha aproximadamente 320.000 toneladas de resíduos em agosto de 2010.
A disposição total de resíduos em 2009 foi de 68.100t. Para 2010, está projetado que a
disposição de resíduos chegue a 72.000 t/ano.
Consta que o terreno tem uma capacidade total de aproximadamente 2.958.500 m
dos resíduos no local (toneladas de resíduos dispostos / volume de resíduos e solo sem a
cobertura final) foi estimada em 0,7t/m
solo (não havia dados sobre a densidade dos resíduos disponíveis para este estudo). A estimativa
resultante da capacidade de disposição de resíduos é de 2.071.000 t. A Prefeitura de Uberaba
estima que a futura disposição anual de resíduos cresça em 4,8%, o que fará com que o aterro
atinja a sua capacidade máxima em 2026. A Tabela 1 lista as taxas de disposição anual de
resíduos histórica e projetada para ao Aterro de Uberaba.
3. A densidade3 com base na compactação e nas práticas de aplicação do
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 1
T a b e l a 1 - E s t i m a t i v a d e D i s p o s i ç ã o d e R e s í d u o s - A t e r r o
S a n i t á r i o d e Ube r a b a
Ano
Tonelagem
Disposta
(t/Ano)
Tonelagem
Acumulada
(t)
Comentários
2006 60.090 60.090 Informado na estação de pesagem
2007 66.610 126.700 Informado na estação de pesagem
2008 69.180 195.880 Informado na estação de pesagem
2009 68.100 263.980 Informado na estação de pesagem
2010 72.000 335.980
Projetado com base nos dados de
disposição até 15 de agosto de
2010
2011 75.460 411.440
Projetado com o uso de aumento
de taxa anual de disposição de
4,8%
2012 79.080 490.520
2013 82.870 573.390
2014 86.850 660.240
2015 91.020 751.260
2016 95.390 846.650
2017 99.970 946.620
2018 104.770 1.051.390
2019 109.800 1.161.190
2020 115.070 1.276.260
2021 120.590 1.396.850
2022 126.380 1.523.230
2023 132.440 1.655.670
2024 138.800 1.794.470
2025 145.460 1.939.930
2026 131.070 2.071.000
Fonte: Prefeitura Municipal de Uberaba
D a d o s s o b r e a Com p o s i ç ã o d o s R e s í d u o s
A composição dos resíduos e as condições de umidade em um aterro são os primeiros aspectos a
serem considerados quando se estimam os valores de entrada de modelo de GAS (valores Lo e K
– definidos abaixo). Os percentuais estimados de composição de resíduos estão resumidos na
Tabela 2. Alguns dos valores foram extrapolados dos dados específicos do aterro fornecidos pela
Prefeitura de Uberaba e foram marcados com um asterisco
5.
5 Considera-se que o valor de “Resíduo Orgânico” dado pela Prefeitura possui 90% de resíduos alimentícios e 10%
de resíduos de poda
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 2
T a b e l a 2 - D a d o s s o b r e a C o m p o s i ç ã o d o s
R e s í d u o s - A t e r r o S a n i t á r i o d e Ube r a b a
Resíduos % Estimado
Detritos de Cozinha* 52,2%
Restos de Poda* 5,8%
Papel 17,5%
Material têxtil 0,5%
Madeira 1,0%
Plásticos 6,5%
Metais 4,0%
Vidros e Cerâmicas 2,5%
Outros materiais inorgânicos 10,0%
Total 100,0%
Fonte: Prefeitura de Uberaba
4.0 PROJEÇÕES DE GERAÇÃO E RECUPERAÇÃO DE
GÁS DE ATERRO SANITÁRIO
4.1 INFORMAÇÕES SOBRE O MODELO INTERNACIONAL DE
GAS DA SCS
A SCS desenvolveu um modelo proprietário internacional de GAS que emprega a equação de
decaimento abaixo para estimar a geração de GAS com base nas taxas de disposição anual de
resíduos, na quantidade de metano que uma tonelada de resíduos produz (valor Lo) e na taxa que
os resíduos se decompõem e produzem GAS (valor k).
Q
LFG =  
 
n
t j
kL M
i
1
1
0.1
0
2
[ ] 10(e-ktij) (MCF)
Onde: Q
i = incremento de tempo de 1 ano
n = (ano do cálculo) – (ano inicial de recepção do resíduo)
j = incremento de tempo de 0,1 ano
k = taxa de geração de metano (1/ano))
L
M
t
MCF = fator de correção de metano.
LFG = Vazão máxima esperada para geração de GAS (m3/ano)o = capacidade potencial de geração de metano (m3/t)i = massa de resíduos sólidos dispostos no ano io (t)ij = idade de jo seção de massa de resíduo Mi dispostos no ano io (anos decimais)
As variáveis de modelo k e Lo se baseiam na composição estimada de resíduos e informações
sobre o clima local. Os dados usados para o determinação dos parâmetros de entrada do modelo
são discutidos em seções posteriores deste relatório (Seção 4.2).
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 3
O Modelo Internacional de GAS da SCS usa as mesmas variáveis de entrada (k e Lo) e é em
geral semelhante ao Modelo de Emissões de Gás de Aterros Sanitários da EPA (LandGEM)
principal diferença entre os dois modelos é a designação de vários valores k e Lo no Modelo
Internacional SCS. Apesar da equação de decaimento simples (k e Lo simples), utilizada no
LandGEM, ser adequada para modelar aterros norte-americanos, a mesma abordagem não se
aplica à geração de GAS em aterros em países na América do Sul, basicamente devido à
importante diferença de composição de resíduos e às condições do aterro que criam padrões
diferentes de decaimento de resíduos e geração de GAS com o tempo.
O modelo internacional de GAS da SCS emprega módulos separados com diferentes valores k e
Lo que calculam separadamente a geração de GAS de diferentes componentes de resíduos. Esta
abordagem de modelo de decaimento em fases reconhece que as diferenças significantes entre os
tipos de resíduos dispostos em países em desenvolvimento exigem mudanças na estrutura do
modelo, assim como nos valores das variáveis de entrada. Uma abordagem similar foi adotada
pelo Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática (IPCC), cujo modelo de geração de
metano em aterros sanitários publicado em 2006, aplica módulos separados para quatro
categorias de resíduos diferentes.
6. A7
As estimativas de geração de GAS produzidas pelo modelo são usadas para projetar a
recuperação do mesmosistema de coleta existente ou proposto com base na eficiência de coleta
estimada. A eficiência na coleta, definida como o percentual de GAS gerado, que é recuperado
pelo sistema de extração de GAS, é afetada por vários fatores, incluindo: desenho do poço e do
campo dos poços, profundidade dos resíduos, tipo de camada de impermeabilização de fundo e
de cobertura final, questões de manejo de chorume, práticas de gestão do aterro e operações do
sistema de coleta.
4.2 PARÂMETROS DE ENTRADA DO MODELO
V a l o r e s p a r a a V a r i á v e l k d o M o d e l o
Com base na taxa de precipitação e nas condições estimadas de umidade dos resíduos no aterro,
a SCS assumiu como valores k do modelo 0,36; 0,72; e 0,018 por ano para as frações de resíduos
orgânicos de decomposição rápida, média e lenta, respectivamente.
F a t o r d e C o r r e ç ã o d o M e tan o
Os aterros não administrados são geralmente rasos ou não contam com cobertura no solo,
portanto, enfrentando condições aeróbicas nas camadas mais altas dos resíduos expostos que
inibem a produção de metano. Uberaba é um aterro administrado com uma boa cobertura de solo
sobre todas as áreas de disposição, exceto uma frente de trabalho relativamente pequena que
pode ser considerada irrelevante. Por isso um "fator de correção do metano" (MCF) de 1 foi
aplicado (sem ajustes).
6 EPA, 2005. Modelo de Emissões de Gás de Aterro (LandGEM) Versão 3.02. EPA 600/R-05/047 (Maio 2005),
7 IPCC, 2006. Planilha do IPCC para a Estimação de Emissões de Metano em Terrenos de Disposição de Resíduos
Sólidos.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 4
V a l o r e s p a r a o V a r i á v e l L o d o M o d e l o
Os dados de composição de resíduos foram usados para estimar valores Lo para as categorias de
resíduos orgânicos de decomposição rápida, média e lenta, com base em um conteúdo orgânico
seco dos resíduos dispostos (se comparados com a média dos resíduos norte-americanos). O
cálculo do valor de Lo para Uberaba a partir do valor padrão do inventário norte-americano no
LandGEM (100 m
aos resíduos médios norte-americanos estão descritos na tabela abaixo.
3/t) e a razão de conteúdo orgânico seco dos resíduos de Uberaba em relação
Aterros EUA Aterro de Uberaba Razão Uberaba/ EUA
% Orgânica
(base peso seco)
Resíduo Total:
43.5%
Orgânicos Rápidos: 31,6%
Orgânicos Médios: 89,2%
Orgânicos Lentos: 80.0%
Orgânicos Rápidos: 0,73
Orgânicos Médios: 2,05
Orgânicos Lentos: 1,84
Valor Lo Resíduo Total:
100 m
Orgânicos Rápidos: 73 m
Orgânicos Médios: 205 m
Orgânicos Lentos: 184 m
Orgânicos Rápidos: 0.73
Orgânicos Médios: 2,05
Orgânicos Lentos: 1,84
3/t3/t3/t3/t
Foram calculados valores para Lo separados para as diferentes categorias de resíduos que
resultaram nos seguintes valores:
m
Resíduos de decomposição rápida (alimentos e uma parte dos restos de poda): 733/t.
poda): 205 m
Resíduos de decomposição média (papel, material têxtil e uma parte dos restos de3/t.
A fração de resíduos que consiste de materiais inertes (ex.: resíduos de construção e demolição,
metais, plásticos, vidro e cerâmicas) recebeu um valor Lo igual a zero uma vez que não se espera
que contribuam para a geração de GAS.
Resíduos de decomposição lenta (madeira, borracha e couro): 184 m3/t.
E f i c i ê n c ia d e R e c u p e r a ç ã o d e G A S
Foram desenvolvidos três cenários de recuperação de GAS para refletir uma variedade de
eficiências de captura possíveis que variam conforme o nível de esforço e a quantidade de
recursos disponíveis para operar os sistemas de coleta. Todos os três cenários presumem o
seguinte:
2012.
A coleta de GAS e o sistema de controle serão instalados e começarão a operar em
disposição para proporcionar uma cobertura abrangente de todos os resíduos dentro
de dois anos após a deposição dos resíduos.
O sistema de coleta será mantido e ampliado anualmente em novas áreas de
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 5
de captura a partir de 2028.
Os três cenários de recuperação são descritos a seguir:
Uma cobertura final será instalada em 2027 para permitir atingir os níveis máximos
esforço seja empregado na operação e na manutenção do sistema de coleta (ex.:
incluindo o monitoramento e o ajuste dos poços uma vez por mês). Presume-se
que a eficiência na coleta será de 35 por cento em 2012 e aumentará
progressivamente até 2028, quando a eficiência na coleta deverá chegar a um
máximo de 60 por cento depois de completar a cobertura final. A SCS considera
que as estimativas de recuperação baixa são conservadoras e devem ser
empregadas apenas se uma ampla margem de segurança é necessária.
O cenário de recuperação baixa presume que um nível modesto de habilidade e
esforço seja empregado na operação e na manutenção do sistema de coleta (ex.:
incluindo o monitoramento e o ajuste dos poços pelo menos 2 ou 3 vezes por
mês). A eficiência na coleta deverá ser de 50 por cento em 2012, o que exige a
coleta de 70 por cento do GAS gerado a partir dos resíduos depositados até o fim
de 2010. Depois de 2012, a eficiência na coleta deverá aumentar
progressivamente até 2028, quando chegará a um máximo de 75 por cento depois
de completar a cobertura final. A SCS considera que as estimativas de
recuperação média devem ser as melhores estimativas de possível recuperação e
recomenda o seu uso em uma avaliação econômica.
O cenário de recuperação média presume que um nível moderado de habilidade e
habilidade e esforço seja empregado na operação e na manutenção do sistema de
coleta (ex.: incluindo o monitoramento e o ajuste semanal ou mais frequente do
terreno do poço). Presume-se que a eficiência na coleta será de 60 por cento em
2012 e aumentará progressivamente até 2028, quando a eficiência na coleta
deverá chegar a um máximo de 85 por cento depois de completar a cobertura
final. A SCS considera que as estimativas de recuperação alta devem ser
ambiciosas e atingíveis apenas se a manutenção de um sistema de recuperação de
GAS mais eficiente for considerada prioritária.
Deve-se observar que, além da possível variabilidade na eficiência na coleta e o nível de
operação e de manutenção, o modelo matemático de GAS apresenta incertezas intrínsecas que
afetam o resultado geral das estimativas. .
O cenário de recuperação alta presume que o nível mais alto possível de
4.3 RESULTADOS DO MODELO
As projeções de geração de GAS para o Aterro Sanitário de Uberaba, nos diferentes cenários de
eficiência de sistema de coleta alternativa (baixa, média e alta), podem ser vistas na Figura 11
abaixo e nas Tabelas A-1 e A-2 no Anexo A.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 6
Como apresentado na Tabela A-1, a geração de GAS está projetada para crescer de
aproximadamente 530 m
decrescer a partir daí. No cenário de eficiência de coleta média, a recuperação de GAS está
projetada para crescer de cerca de 350 m
em 2020, e finalmente chegar ao máximo de cerca de 1.250 m
começa a decrescer devido à redução de geração de GAS. As estimativas para o potencial para a
geração de energia a partir de GAS apresentam valores aproximados de 0,6 MW em 2012, 0,8
MW em 2015, 1,3 MW em 2020, e 2,1 MW (valor máximo) em 2027. Os créditos estimados de
redução de emissão de gases de efeito estufa (Reduções de Emissões Certificadas ou CERs)
deverão ser alcançados por meio da combustão de metano do aterro sanitário nas projeções de
recuperação média estão estimadas para aproximadamente 390.000 t de emissões de CO
durante o período de 2012 a 2021.
3/h em 2010 para um máximo de cerca de 1.780 m3/h em 2027, e3/h em 2012 para cerca de 510 m3/h em 2015, 790 m3/h3/h em 2027, depois da qual2e
F i g u r a 1 1 - P r o j e ç õ e s d e G e r a ç ã o e R e c upe r a ç ã o d e G á s d e
A t e r r o S a n i t á r i o - A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a , B r a s i l
5.0 OPÇÕES DE UTILIZAÇÃO DO GÁS DE ATERRO
SANITÁRIO
As opções de projeto de GAS examinadas neste estudo incluem: (1) geração de eletricidade no
aterro; (2) uso direto como combustível para aquecimento/boiler (aplicação média-Btu) em uma
instalação industrial próxima; e (3) unicamente a queima de metano. Todas as três opções
requerem a instalação de um sistema ativo de coleta e controle de gás (GCCS), incluindo um
queimador para assegurar a combustão de todo o metano coletado quando o GAS não estiver
sendo utilizado. Todas as três opções também devem gerar retorno com a venda dos créditos de
0
200
400
600
800
1,000
1,200
1,400
1,600
1,800
2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035
Vazão de biogás com 50% de Metano (m3/h)
'
0
25,000
50,000
75,000
100,000
RECs (t CO2e) '
Generação de Biogás Recuperação Prevista - Gama Média
Recuperação Prevista - Gama Alta Recuperação Prevista - Gama Baixa
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 7
redução de emissão no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo (MDL) da Convenção
Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) ou outro mercado do
carbono voluntário.
Os custos de capital para um GCCS dependerão em grande parte dos fluxos de GAS, do tamanho
do aterro e da profundidade dos resíduos. Uma faixa típica para os custos de GCCS, incluindo o
início da queima,teste de campo e os custos relacionados com a engenharia e a contingência, é de
cerca de US$70 mil a US$120 mil por hectare de terra de aterro. Os custos anuais de operação e
manutenção (O&M) de GCCS variam em média de 7 a 10 % dos custos totais, sem incluir os
custos com eletricidade ou expansão de sistemas. Para este projeto, a construção de um GCCS
nas duas células existentes incorrerá nos seguintes custos (em dólares dos EUA) estimados:
Poços
o
9 hectares x 2,47 poços por hectare = 22.23 poços
o
22,23 poços x US$10.000 por poço = US$222.300
Tubulação principal, dutos laterais, válvulas
o
- US$9.000 por poço x 22,23 poços = US$200.000
Flare
o
1.000 m3/s em condições padrões de flare enclausurado = US$370.000
Custo total do GCCS = US$792.000
5.1 GERAÇÃO DE E L ETRICIDADE
P r o g r a m a s B r a s i l e i r o s d e E n e r g i a R e n o v á v e l
Os projetos de energia renováveis contam com apoio no Brasil como uma maneira de diversificar
o fornecimento de energia nacional. Esta foi uma das estratégias que o governo buscou em
virtude da crise energética de 2001. A outra estratégia foi a reformulação do modelo energético
e, portanto, o governo criou dois mercados de comércio de energia, um mercado regulado e um
mercado aberto. Para promover as fontes de energia alternativas e renováveis, o governo criou
dois programas, o Proeolica
desenvolvimento de energia eólica. O Proinfa tinha como objetivo aumentar a participação de
8 e o Proinfa9. O Proeolica tinha como objetivo especifico o
8 Programa Emergencial de Energia Eólica (Resolução CGE 24 de 5 de julho de 2001)
9 Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Lei 10.438 de 26 de abril de 2002)
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 8
fontes de energias renováveis como pequenas hidrelétricas, biomassa e também incluía a eólica
10
O Proinfa foi projetado em duas fases. A primeira fase visava aumentar a geração de energia em
3.300 MW (1.100 MW de cada uma das categorias escolhidas de energias renováveis). Depois
de duas licitações públicas em janeiro de 2006, 144 projetos foram contratados para gerar os
3.300 MW, mas não na mesma proporção que se pretendia inicialmente. Os projetos de geração
de energia eólica e de pequenas hidrelétricas deveriam fornecer 79 % da capacidade. A primeira
fase terminará com a instalação de todos os projetos inscritos, mas até 2010 ainda havia alguns
projetos que enfrentavam importantes atrasos na construção e no início em si. Durante a primeira
fase nenhum projeto de gás de aterro para energia havia sido implantado.
A segunda fase do Proinfa estava inicialmente projetada para garantir que a energia de fontes
renováveis fornecesse 10 % da demanda de energia elétrica anual do Brasil por um período de 20
anos. A segunda fase foi originalmente baseada em tarifas de injeção, mas isso foi modificado
em 2003 para poder ser baseada em leilões de energias renováveis. Esses leilões têm preços
máximos para limitar o seu impacto na tarifa final de eletricidade. O Ministério das Minas e
Energia realizou uma série de leilões públicos para projetos de energias renováveis para obter
contratos para a compra de energia (PPA). O último leilão de energias renováveis foi realizado
nos dias 25 e 26 de agosto de 2010. No total, 56 usinas comercializaram a sua energia neste
leilão, incluindo 50 usinas de turbinas eólicas, uma usina de biomassa e 5 usinas de pequenas
hidrelétricas. As usinas começarão a fornecer eletricidade em 2013 e os preços médios para
venda serão: R$134,1/MWh para eólica, R$146,99/MWh para pequena hidrelétrica, e R$137,92
para biomassa.
.11
A maioria dos projetos de energia renováveis pode comercializar a sua energia em um ambiente
de mercado aberto ao buscar "consumidores especiais", uma categoria criada sob a Lei 10.762 de
2003. Os consumidores especiais podem ser um consumidor de eletricidade único ou um grupo
de consumidores unidos por um interesse comum, com uma carga de consumo igual ou superior
a 500kW. Esses consumidores têm a permissão para comprar eletricidade, em qualquer nível de
tensão, de fontes alternativas de eletricidade dentro de um ambiente de mercado aberto. As
fontes de energia alternativa com os quais está permitido comercializar com os consumidores
especiais: (1) projetos não renováveis com capacidade instalada inferior ou igual a 1.000 kW e
(2) projetos de energia renovável (pequena central hidrelétrica, solar, eólica ou biomassa) com
capacidade instalada inferior ou igual a 50.000kW.
Como outras formas de incentivos ao desenvolvimento de energia renovável, a Agência Nacional
de Energia Elétrica (ANEEL
relacionados com a redução dessas tarifas para autogeradores e fontes de energia renovável
independentes. As fontes de energia renováveis incluíam pequenas centrais hidrelétricas, solar,
eólica, biomassa (que inclui biogás (GAS)) ou CHO, com energia instalada igual ou inferior a 30
12) decretou a Resolução N° 77 que estabelece os procedimentos
10 A biomassa se refere aos produtos de origem vegetal (como produtos agrícolas e pedaços de madeira), animal ou
humano (resíduos urbanos). No Brasil, a biomassa inclui o bagaço da cana de açúcar, casca de arroz, madeira, gás de
aterros sanitários, etc.
11 ANEEL (http://www.aneel.gov.br/aplicacoes/noticias/Output_Noticias.cfm?Identidade=3541&id_area=)
12 Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL)
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
1 9
MW. A resolução deu o incentivo adicional de reduzir as tarifas de pelo menos 50 % para
acesso a sistemas de transmissão e distribuição para geradores de energia renovável. Além disso,
para ajudar a minimizar os impactos ambientais causados pelos resíduos urbanos e promover os
programas de redução de emissão segundo o Protocolo de Quioto, a ANEEL fez uma emenda no
Artigo 3° da Resolução 77 para dar aos negócios que utilizam os resíduos como fonte de geração
de eletricidade, uma redução de 100 % das tarifas para os sistemas de transmissão e distribuição.
A emenda se tornou oficial na Resolução 271 de 3 de julho de 2007.
O p ç õ e s p a r a G e raç ã o d e E n e r g i a E l é t r i c a d e U b e r aba
Segundo os resultados do modelo GAS, o Aterro Sanitário de Uberaba poderia suportar um
projeto de 1,0 MW LFGE com início em 2017 por um período de até 15 anos (2017-2031). Um
projeto de geração de 1,0 MW GAS de energia elétrica é bem pequeno e pode ser difícil torná-lo
economicamente viável sem obter um alto preço para a energia renovável. Com base nos mais
recentes leilões da fase II do Proinfa, um projeto deste porte poderá ser difícil de ser implantado,
dependendo dos custos de interconexão, da tecnologia selecionada e do fabricante de grupo
gerador escolhido. Como alternativa, a energia poderia ser vendida para um usuário final
qualificado permitido segundo a Lei 10.762 onde um preço mais alto é possível. Se a demanda
de eletricidade no aterro pudesse ser aumentada substancialmente (para sopradores, bombas de
chorume ou outros usos), então o grupo gerador de 1,0 MW poderia ser usado para atender esta
demanda no aterro (autogeração).
Atualmente, o aterro é abastecido por meio de linhas de distribuição e a subestação mais próxima
está localizada a 5 quilômetros do aterro sanitário. Linhas de distribuição da fase três com uma
voltagem superior de 12 kV normalmente tem capacidade suficiente para suportar um projeto de
geração de eletricidade em excesso de 2 MW sem aumentar a capacidade da infraestrutura de
distribuição. No entanto, um estudo de interconexão teria que ser realizado pelo distribuidor de
energia elétrica na região, a CEMIG.
5.2 USO DIRETO
A venda de GAS para uso direto às instalações industriais próximas pode gerar um importante
retorno, ao mesmo tempo em que exige menos custos iniciais do que a venda de GAS para uma
empresa de energia. A menos que o cliente de uso direto esteja localizado muito perto do aterro
sanitários, será necessário um duto para a transmissão de GAS. Se o projeto de uso direto exigir
o transporte de GAS a uma longa distância para o usuário final, em geral será necessária a
compressão do gás e o
desidratação). As exigências para o tratamento do GAS também são influenciadas pelo
equipamento que utilizará o GAS. Dependendo do nível de tratamento necessário, o
tratamento de gás custa aproximadamente US$400 a US$500 por m
construção de um duto é o item de maior custo, ao redor de US$150 mil a US$175 mil por km
(considerando trincheiras abertas e sem incluir o pagamento de direitos de propriedade para
permissão de passagem do gasoduto), portanto a viabilidade do projeto é em grande parte
determinada pela distância dos usuários finais. Os custos de O&M anuais são de cerca de
US$100 a US$150 por m
superfície, os custos podem ser reduzidos de maneira significante.
skid de tratamento (filtro, compressor ou soprador e unidade deskid de3/h de GAS que é tratado. A3/h de GAS. Além disso, se o duto de GAS puder ser construído sobre a
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
2 0
A cerca de 6 a 8 quilômetros do aterro há um enorme complexo industrial químico produtor de
fertilizantes. A maior indústria é a Fosfertil, um dos maiores produtores de matérias-primas para
fertilizantes do Brasil, e dentre as outras indústrias localizadas na área estão Bunge, Fertibras,
Fertigram, Yara, Guarani, Ipiranga, Petrobras e Heringer. Muitas dessas indústrias parecem usar
grandes quantidades de combustíveis fósseis para produzir fertilizantes. O complexo industrial
químico está espalhado por três setores. O mais próximo, o Setor 3, está localizado a cerca de 6
Km. do aterro. Uma rota teórica para o gasoduto é apresentada na Figura 12.
Além disso, a Petrobrás, em cooperação com o Estado de Minas Gerais por meio da CEMIG,
está planejando ampliar o fornecimento de gás natural ao Centro Industrial com a instalação de
dutos para a transmissão de gás natural de 12 polegadas para transportar gás de São Carlos, SP.
Esse importante aumento no fornecimento de gás natural possibilitará um investimento
aproximado de R$5 bilhões, incluindo fábricas de amônia e ureia, assim como o investimento
por parte da CEMIG na geração termelétrica a gás natural.
A estrada do Aterro ao Centro Industrial não está completamente terminada, o que permitiria que
um gasoduto fosse construído de maneira relativamente fácil a um preço comparativamente
baixo.
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
2 1
F i g u r a 1 2 – R o t a T e ó r i c a d o G a s o d u t o p a ra o C e n t r o Ind u s t r i a l
Comprimento do duto: 7.74 km
A viabilidade para um projeto de uso direto será orientada pelos seguintes fatores: (1) a distância
entre o usuário final e o aterro; (2) a qualidade da demanda do usuário final de energia térmica
(demanda alta e estável); (3) o custo do combustível atual do usuário final (ex.: custo do gás
natural,
sistemas existentes para a utilização de GAS; e (5) a qualidade do GAS que o usuário final
necessita para os seus processos.
O preço do gás natural para os usuários industriais é bastante alto. Por exemplo, a tarifa regulada
publicada para outubro de 2010 para usuários industriais no estado de São Paulo, que usam mais
de 2.000.000 m
permanecido constante. No entanto, os grandes usuários industriais têm a possibilidade de
negociar melhores condições em acordos bilaterais.
13 carvão, petróleo, etc. no mercado); (4) a complexidade e o custo de conversão dos3 de gás natural por mês, era de R$23,34 por MMBtu14 e este preço tem
13 O custo de gás natural para um usuário industrial é calculado pelo distribuidor de gás natural local e regulado
pelo estado. A tarifa final consiste de custo fixo mais um custo variável.
14 ComGas Tariffs -
http://www.comgas.com.br/tarifas.asp
Aterro Uberaba
Centro Industrial
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
2 2
5.3 QUEIMA DIRETA DO METANO E O COMÉRCIO DE
EMISSÕES
Devido ao fato de que o metano gerado a partir da disposição de resíduos sólidos na terra é uma
das maiores fontes de emissões de gás de efeito estufa
dióxido de carbono resulta em um benefício para o meio ambiente. Esse benefício pode ser
medido e comercializado segundo vários programas mundiais diferentes de comercialização de
redução de emissões, incluindo as Reduções de Emissões Certificadas (RECs) do MDL da
UNFCCC. Enquanto que este programa é atualmente válido apenas até 2012, espera-se que um
mecanismo equivalente entre em vigor depois de 2012.
Para atender às exigências da comercialização de reduções de emissão, o projeto deve ter
condições de provar que não tem nenhum requisito previsto na lei ou demandado pelas licenças
para a disposição de resíduos ou outras regulamentações, para controlar a emissão do gás de
efeito estufa relacionado ao projeto. Considerando a legislação nacional e do Estado de Minas
Gerais , o Aterro Sanitário de Uberaba, não necessita coletar e queimar o GAS.
Enquanto a queima do metano é um método normal para a oxidação térmica de GAS, qualquer
processo que evite a emissão de metano na atmosfera também corresponderia às exigências para
a comercialização de reduções de emissão (como a queima de GAS em um grupo gerador de
energia ou um boiler de uma indústria que use o GAS).
Se a produção de energia elétrica estiver incluída também, e essa energia for exportada para a
rede de distribuição local ou usada para deslocar outra eletricidade gerada pela combustão de
combustíveis fósseis, é possível obter reduções de emissão adicionais como resultado do
deslocamento do uso de combustível fóssil. No entanto, dado que a energia hidrelétrica abastece
a maioria da rede elétrica brasileira, consideramos que a quantidade de carbono e de gases de
efeito estufa criado a partir do deslocamento da eletricidade derivada do combustível fóssil seria
irrelevante.
Embora não seja uma opção de utilização do GAS capturado, queimá-lo produziria, portanto,
importantes benefícios para o meio ambiente e possíveis retornos com a venda de RECs. Pelo
fato das RECs serem em geral a única fonte de retorno de um projeto da queima direta de
metano, os preços pagos pelas RECs determinarão em grande parte a viabilidade econômica do
projeto. Um projeto de queima direta de metano produzirá menos retorno do que outras opções
de projeto, mas pode ser mais economicamente viável para se desenvolver no aterro devido aos
menores custos de investimento. Além disso, um projeto de queima direta de metano não impede
que o aterro desenvolva e implemente um projeto subseqüente de utilização do GAS. Uma
abordagem por fases pode reduzir os riscos do projeto, ao permitir: (1) a quatinficacao de GAS
estimado (provas), (2) recuperar o custo do sistema de coleta de GAS (e, desta forma, não
sobrecarregar o projeto de utilização com o financiamento do sistema de coleta); e (3)
proporcionar uma base de retorno que ajude a financiar o desenvolvimento do projeto de
utilização. Além disso, ter duas fontes de retorno a partir das reduções de carbono e de gases de
efeito estufa e a partir da venda de energias renováveis reduz os riscos do projeto. Caso uma
15, a sua captura e a sua oxidação para
15 O Relatório sobre o Meio Ambiente (2008) da Agencia de Proteção Ambiental dos EEUU
A t e r r o S a n i t á r i o d e U b e r a b a
2 3
abordagem em fases seja escolhida, é muito importante que o conceito para uma segunda fase do
projeto de utilização de GAS seja incluído no documento de elaboração de projeto (PDD,
Design Document
introduzido para permitir a modificação do PDD em lugar de reapresentar um PDD completo.
Project). Mesmo que todos os detalhes sejam conhecidos, um conceito geral deve ser
6.0 OUTRAS CONSIDERAÇÕES DO PROJETO
6.1 DIREITOS SOBRE O GÁS DO ATERRO SANITÁRIO
Para que qualquer projeto de GAS seja implementado, a propriedade dos direitos sobre o gás
precisa ser claramente definida. As disputas dos direitos sobre o gás precisam ser estabelecidas
antes que se tomem decisões quanto á prosseguir com um projeto, as negociações de contrato ou
a divisão de retorno.
O Aterro Sanitário de Uberaba é propriedade do Município. A Prefeitura concedeu as operações
do aterro sanitário à Uberaba Ambiental, S.A. por meio de um contrato de concessão de 20 anos.
No momento da visita ao terreno, a Prefeitura declarou firmemente que tem direitos sobre o
GAS. No entanto, são necessárias consultas jurídicas para determinação conclusiva dos direitos
de exploração do GAS.
6.2 SEGURANÇA E CATADORES
A segurança no aterro é adequada para o desenvolvimento de um projeto de utilização de GAS e
o aterro não tem catadores.
7.0 RECOMENDAÇÕES
Esta seção apresenta recomendações gerais que visam aumentar as chances de desenvolver um
projeto bem sucedido de utilização de GAS ou de somente queima de metano.
7.1 GESTÃO DO TERRENO
Plano de Desenvolvimento do Aterro (Fases)
implantação do sistema de coleta de GAS, o aterro deve primeiro estabelecer um plano de
desenvolvimento do aterro ou um plano de fases. Um plano de fases para o aterro proporcionará
mais precisão ao cronograma para a implantação do projeto de GAS e a ampliação do sistema de
coleta em todas as fases do aterro. Este plano também ajudará a determinar como a cobertura do
sistema de coleta pode ser ampliada ao longo da duração do projeto de GAS.
. Para desenvolver um plano realista para a
Cobertura Intermediária
plataforma ser instalada (na medida do possível). A rede de drenagem de pedras instalada em
cada camada intermediária poderia também ser eliminada, usando as pedras para serem
instaladas na camada de base. Esta abordagem aumentará a remoção de chorume, o espaço aéreo
do aterro e reduzirá o número de zonas suspensas e poças que pode ocorrer no alto de cada
camada intermediária.
A cobertura intermediária deve ser removida antes de a nova
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2 4
Gestão de Águas Pluviais
aterro tem o potencial de se infiltrar na massa de resíduos na frente de trabalho ou próximo a esta
e produzir chorume. É importante que o aterro seja projetado com inclinações e declives
superficiais adequados (trincheiras, rampas, etc.) para evitar a formação de poças de água ou
erosão excessiva. A área ativa de disposição e a frente de trabalho devem ser minimizadas, em
particular, durante a estação chuvosa.
. Durante a estação chuvosa, a chuva que cai sobre a superfície do
7.2 IMPLANTAÇÃO DO PROJETO
Abaixo seguem as etapas recomendadas para a implantação de um projeto de utilização de GAS
ou de somente queima de metano.
sobre o GAS e que o operador do aterro sanitário, Uberaba Ambiental S.A., não pode
reivindicar esses direitos. Caso a questao nao esteja clara, deve se discutir com os
acionistas legítimos como dividir de maneira igualitária os benefícios e registrar qualquer
acordo em documento legitimo. Como orientação geral, recomendamos que qualquer
benefício recebido como resultado do GAS deva ser confrontado com o nível de risco
incorrido. Por exemplo, a entidade responsável pelas obrigações ambientais do aterro
deverá receber a maior parte dos benefícios ambientais do projeto (ex.: atributos
ambientais/verdes).
Direitos sobre o GAS: Verificar e registrar em documento que a Prefeitura tem direitos
resolvidas, a Prefeitura (ou o(s) dono(s) dos direitos sobre o GAS) deve solicitar ofertas
para desenvolver o projeto. Se o licitante vencedor for obrigado a aplicar um capital
considerável, então os direitos sobre o GAS provavelmente serão transferidos para o
licitante vencedor em troca de algum tipo de benefício (em geral, o pagamento com base
na quantia de GAS disponível ou usada). Se a Prefeitura preferir desenvolver por conta
própria o projeto de queima direta de metano para redução de gases de efeito estufa,
então deve começar o processo do projeto de implantação, incluindo as seguintes etapas.
Solicitar Ofertas: Uma vez que as questões referentes ao direi=to sobre o gás tenham sido
o
de redução de gases de efeito estufa para orientar a Prefeitura no desenvolvimento
do projeto.
Contratar uma entidade qualificada com experiência na implantação de projetos
o
Preparar um projeto e um orçamento para o sistema de extração de GAS.
o
Preparar um Documento de Elaboração de Projeto (PDD).
o
Conseguir a aprovação do órgão nacional pertinente.
o
Conseguir que uma terceira parte qualificada valide o projeto.
o
efeito estufa para o registro e aprovação.
Enviar o projeto para o cartório selecionado ou programa de carbono e gases de
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2 5
possibilidade de utilização do GAS seja preservada. Incluir a previsão para um projeto de
utilização de GAS em segunda fase no PDD. Mesmo que todos os detalhes sejam
conhecidos, um projeto conceitual de utilização geral deve ser introduzido para permitir a
modificação do PDD ao invees de de uma reapresentar um PDD completo. Dar ao
licitante vencedor um período de tempo razoável para implantar o projeto de utilização,
após este período, pode-se perder os direitos sobre o projeto. Se o licitante ganhadoror
não tiver a intenção de desenvolver ou não lhe forem concedidos os direitos de um
projeto de utilização de GAS, os donos dos direitos wsobre carbono e gases de efeito
estufa devem preservar esses direitos de desenvolver um projeto de utilização no futuro,
junto com atributos ambientais associados com o projeto de utilização (ex. RECs).
Outras Considerações: Se uma abordagem em fases for adotada, certificar-se de que há a
8.0 CONCLUSÕES
Um projeto de recuperação de GAS no Aterro Sanitário de Uberaba está projetado para render
uma quantia modesta de GAS nos próximos anos que aumentará de cerca de 350 m
um máximo de cerca de 1.250 m
contidas neste relatório, provavelmente não haverá combustível suficiente para operar uma usina
de energia elétrica de 1,0 MW até 2017. Os projetos alternativos incluem o uso direto de uma das
fábricas de fertilizantes industriais localizadas próximo ao Centro Industrial de Uberaba, ou
apenas utilização de queima do GAS para obtenção dos créditos de redução de emissão de
carbono e gases de efeito estufa. Se o projeto de utilização for realizado, uma abordagem por
fases deverá ser adotada, sendo que o projeto de queima direta e créditos carbono e gases de
efeito estufa deve ser implantado na primeira fase, seguido pelo projeto de utilização, logo que a
quantidade e a qualidade do gás sejam verificadas. Os créditos de redução de emissão projetados
associados à combustão de GAS totalizam cerca de 390.000 t CO
10 anos (2012 – 2021), segundo as projeções de recuperação de GAS. Um estudo mais detalhado
é necessário para avaliar as opções de projetos específicos identificados que incluam uma análise
detalhada dos retornos, custos de construção e de operação, financiamento, localização do
usuário final e demanda do mesmo, considerações tecnológicas e determinação da viabilidade
econômica das várias opções de projeto. A Prefeitura deve considerar a obtenção de outras fontes
de resíduos dos setores agrícola, comercial e industrial, em particular aqueles que geram resíduos
com alto teor orgânico. Essas fontes geradoras de resíduos devem ser submetidas a uma cobrança
de um valor por tonelada e poderiam gerar uma importante fonte de renda para a Prefeitura.
3/h em 2012 a3/h em 2027. Com base nas projeções de recuperação de GAS2e ao longo de um período de
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ANEXO A
RESULTADOS DO MODELO GAS
Taxa de Resíduo Eficiência Capacidade Linha Base**
Disposição aterrado Sistema Máxima de Vazão
Ano (Mg/yr) (Mg) (m
de Coleta
(%) (m
Geração*
(MW)
de Biogás
(m3/hr)
(ton
CH4/ano)
(ton
CO2eq/ano)
3/hr) (cfm) (mmBtu/hr)3/hr) (cfm) (mmBtu/hr)
2006 60,090 60,090 0 0 0.0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2007 66,610 126,700 161 94 2.9 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2008 69,180 195,880 313 184 5.6 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2009 68,100 263,980 437 257 7.8 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2010 72,000 335,980 531 312 9.5 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2011 75,460 411,440 615 362 11.0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2012 79,080 490,520 692 407 12.4 50% 346 204 6.2 0.6 0 1,086 22,801
2013 82,870 573,390 764 450 13.7 52% 397 234 7.1 0.7 0 1,248 26,204
2014 86,850 660,240 834 491 14.9 54% 451 265 8.1 0.7 0 1,415 29,705
2015 91,020 751,260 903 532 16.1 56% 506 298 9.0 0.8 0 1,588 33,342
2016 95,390 846,650 971 572 17.4 58% 563 332 10.1 0.9 0 1,769 37,149
2017 99,970 946,620 1,040 612 18.6 60% 624 367 11.2 1.0 0 1,960 41,152
2018 104,770 1,051,390 1,110 653 19.8 61% 677 399 12.1 1.1 0 2,126 44,645
2019 109,800 1,161,190 1,181 695 21.1 62% 732 431 13.1 1.2 0 2,299 48,288
2020 115,070 1,276,260 1,254 738 22.4 63% 790 465 14.1 1.3 0 2,481 52,100
2021 120,590 1,396,850 1,329 782 23.8 64% 851 501 15.2 1.4 0 2,671 56,097
2022 126,380 1,523,230 1,407 828 25.1 65% 915 538 16.3 1.5 0 2,871 60,296
2023 132,440 1,655,670 1,487 875 26.6 66% 982 578 17.5 1.6 0 3,082 64,713
2024 138,800 1,794,470 1,570 924 28.1 67% 1,052 619 18.8 1.7 0 3,303 69,363
2025 145,460 1,939,930 1,656 975 29.6 68% 1,126 663 20.1 1.9 0 3,536 74,263
2026 131,070 2,071,000 1,746 1,028 31.2 69% 1,205 709 21.5 2.0 0 3,782 79,429
2027 0 2,071,000 1,782 1,049 31.8 70% 1,247 734 22.3 2.1 0 3,916 82,244
2028 0 2,071,000 1,461 860 26.1 75% 1,096 645 19.6 1.8 0 3,441 72,260
2029 0 2,071,000 1,194 703 21.3 75% 896 527 16.0 1.5 0 2,813 59,063
2030 0 2,071,000 996 586 17.8 75% 747 440 13.4 1.2 0 2,346 49,265
2031 0 2,071,000 847 498 15.1 75% 635 374 11.4 1.1 0 1,994 41,879
2032 0 2,071,000 732 431 13.1 75% 549 323 9.8 0.9 0 1,724 36,213
2033 0 2,071,000 643 378 11.5 75% 482 284 8.6 0.8 0 1,513 31,783
2034 0 2,071,000 571 336 10.2 75% 428 252 7.7 0.7 0 1,345 28,249
2035 0 2,071,000 513 302 9.2 75% 385 226 6.9 0.6 0 1,208 25,370
PARÂMETROS DE ENTRADA DO MODELO:
NOTAS:
Conteúdo de metano estimado no Biogás:
Dec.Ráp. Dec Med. Dec.Lento Lo Total **Linha base de vazão não assume recuperação de biogás (sem combustão). CERs não contam
50% * Capacidade máxima de geração assume índice de calor total de 10,800 Btus por kW-hr (hhv).
Taxa constante de decaimento (k):
0.360 0.072 0.018 para geração de energia, dimunuição do tempo de vida útil ou destruição pressuposta do metano.
Potencial de Geração de CH4 (Lo) (ft3/ton):
2,325 6,564 5,890 2,679 Total de CERs para o período de 2012-2021 = 391,483 tons CO2e
Metric Equivalent Lo (m3/Mg):
73 205 184 84 Média anual de CERs período > 10 anos= 39,148 tons CO2e
TABELA A-1
PROJEÇÃO DA GERAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO GÁS DO ATERRO EM CENÁRIODE RECUPERAÇÃO MÉDIA
ATERRO DE UBERABA, UBERABA, MG
CENÁRIO DE RECUPERAÇÃO MEDIA
Geração de Recuperação de Biogás Redução de Emissões
Biogás Prevista de Metano Estimadas**
3/18/2011
Eficiência CapacidadeLinha Base** Eficiência CapacidadeLinha Base**
Sistema Máxima de Vazão Sistema Máxima de Vazão
Ano
de Coleta
(%) (m
Geração*
(MW)
de Biogás
(m3/hr)
(ton
CH4/ano)
(ton
CO2eq/ano)
de Coleta
(%) (m
Geração*
(MW)
de Biogás
(m3/hr)
(ton
CH4/ano)
(ton
CO2eq/ano)
3/hr) (cfm) (mmBtu/hr)3/hr) (cfm) (mmBtu/hr)
2006 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2007 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2008 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2009 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2010 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2011 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0 0% 0 0 0.0 0.0 0 0 0
2012 60% 415 244 7.4 0.7 0 1,303 27,362 35% 242 142 4.3 0.4 0 760 15,961
2013 62% 474 279 8.5 0.8 0 1,488 31,244 37% 283 166 5.1 0.5 0 888 18,645
2014 64% 534 314 9.5 0.9 0 1,676 35,206 39% 325 192 5.8 0.5 0 1,022 21,453
2015 66% 596 351 10.7 1.0 0 1,871 39,296 41% 370 218 6.6 0.6 0 1,162 24,411
2016 68% 661 389 11.8 1.1 0 2,074 43,554 43% 418 246 7.5 0.7 0 1,311 27,541
2017 70% 728 429 13.0 1.2 0 2,286 48,010 45% 468 276 8.4 0.8 0 1,470 30,864
2018 71% 788 464 14.1 1.3 0 2,474 51,963 46% 511 301 9.1 0.8 0 1,603 33,666
2019 72% 851 501 15.2 1.4 0 2,670 56,076 47% 555 327 9.9 0.9 0 1,743 36,605
2020 73% 916 539 16.4 1.5 0 2,875 60,370 48% 602 354 10.8 1.0 0 1,890 39,695
2021 74% 984 579 17.6 1.6 0 3,089 64,863 49% 651 383 11.6 1.1 0 2,045 42,950
2022 75% 1,055 621 18.9 1.7 0 3,313 69,573 50% 703 414 12.6 1.2 0 2,209 46,382
2023 76% 1,130 665 20.2 1.9 0 3,548 74,518 51% 758 446 13.6 1.3 0 2,381 50,006
2024 77% 1,209 712 21.6 2.0 0 3,796 79,715 52% 817 481 14.6 1.4 0 2,564 53,834
2025 78% 1,292 760 23.1 2.1 0 4,056 85,184 53% 878 517 15.7 1.5 0 2,756 57,881
2026 79% 1,379 812 24.6 2.3 0 4,330 90,940 54% 943 555 16.8 1.6 0 2,960 62,162
2027 80% 1,426 839 25.5 2.4 0 4,476 93,993 55% 980 577 17.5 1.6 0 3,077 64,620
2028 85% 1,242 731 22.2 2.1 0 3,900 81,894 60% 877 516 15.7 1.5 0 2,753 57,808
2029 85% 1,015 598 18.1 1.7 0 3,188 66,939 60% 717 422 12.8 1.2 0 2,250 47,251
2030 85% 847 498 15.1 1.4 0 2,659 55,834 60% 598 352 10.7 1.0 0 1,877 39,412
2031 85% 720 424 12.9 1.2 0 2,260 47,463 60% 508 299 9.1 0.8 0 1,595 33,503
2032 85% 622 366 11.1 1.0 0 1,954 41,042 60% 439 259 7.9 0.7 0 1,380 28,971
2033 85% 546 322 9.8 0.9 0 1,715 36,021 60% 386 227 6.9 0.6 0 1,211 25,427
2034 85% 486 286 8.7 0.8 0 1,525 32,015 60% 343 202 6.1 0.6 0 1,076 22,599
2035 85% 436 257 7.8 0.7 0 1,369 28,752 60% 308 181 5.5 0.5 0 966 20,296
NOTAS: NOTAS:
* Capacidade máxima de geração assume índice de calor total de 10,800 Btus por kW-hr (hhv). * Capacidade máxima de geração assume índice de calor total de 10,800 Btus por kW-hr (hhv).
**Linha base de vazão não assume recuperação de biogás (sem combustão). CERs não contam **Linha base de vazão não assume recuperação de biogás (sem combustão). CERs não contam
. para geração de energia, dimunuição do tempo de vida útil ou destruição pressuposta do metano. para geração de energia, dimunuição do tempo de vida útil ou destruição pressuposta do metano.
Total de CERs para o período de 2012-2021 =
457,943 tons CO2e Total de CERs para o período de 2012-2021 = 248,843 tons CO2e
TABELA A-2
PROJEÇÃO DA GERAÇÃO E RECUPERAÇÃO DO GÁS DO ATERRO EM CENÁRIOS DE ALTA E BAIXA RECUPERAÇÃO
ATERRO DE UBERABA, UBERABA, MG
CENÁRIO DE RECUPERAÇÃO ALTA LOW RECOVERY SCENARIO
Recuperação de Biogás Redução de Emissões Recuperação de Biogás Redução de Emissões
Prevista de Metano Estimadas** Prevista de Metano Estimadas**
3/18/2011