sábado, 24 de dezembro de 2011

Especialista: ensino não está preparado para lidar com 'gênios'

Ter uma inteligência acima da média pode representar facilidade para algumas coisas, mas a falta de preparo e estrutura do sistema de ensino brasileiro para identificar e lidar com esses talentos é apontado por especialistas como a principal dificuldade enfrentada pelos estudantes superdotados, que muitas vezes não são compreendidos na escola.
E quem pode ser considerado um superdotado? Para o Conselho Brasileiro para Superdotação, este perfil resulta de três conjuntos de traços: habilidade acima da média em alguma área de conhecimento, comprometimento com a tarefa e criatividade. A Mensa, sociedade formada por pessoas de alto QI na Inglaterra, entende uma pessoa como superdotada aquela que obtém um resultado de 140 pontos ou mais em um teste de QI padrão. A estimativa é de que 5% da população seja superdotada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) estima que entre 1,5 milhão e 2,5 milhões de alunos no País sejam detentores de altas habilidades em alguma área do conhecimento
Integrante destacado de sociedades conhecidas por aceitaram somente pessoas com QI muito alto, como Mensa Brasil, Vertex Society e GenerIQ Society, o gaúcho Eduardo Correa, argumenta que quocientes de inteligência altos não necessariamente são acompanhados de um resultado excelente em um determinado teste. "Se a inteligência fosse dependente do desempenho, alguém com desinteresse em dada atividade, por a considerar fútil, seria classificado como inferior intelectual, mesmo na condição relativa de adulto mental, tal como ocorre no ambiente escolar para aqueles com QI muito superior à média", conclui Correa.
Segundo a presidente da Associação Brasileira para Altas Habilidades/Superdotados (ABAHSD), Erondina Vieira, para falar do processo de identificação de superdotados é importante deixar de lado aquele mito do jovem bom em tudo. "Nós temos uma série de crenças com relação aos superdotados, como acreditar que esses jovens sempre serão geniais em matemática ou física, usarão óculos com lentes grossa e serão introvertidos", afirma Erondina. Ainda segundo a diretora, atualmente é comum encontrarmos superdotados com grandes habilidades em literatura, história, línguas, altas capacidades psicomotoras, entre outras.
Embora existam diversas maneiras de reconhecer um superdotado, seja por meio de testes específicos ou por períodos de observação, algumas características como a criatividade, a persistência, a maturidade precoce e a curiosidade podem ser consideradas traços comuns nessas pessoas. "O período mais difícil de reconhecer um aluno de alto intelecto é na infância. Isso porque as crianças são naturalmente curiosas, então fica mais complexo, por exemplo, separar a curiosidade de uma criança superdotada da de uma criança comum" explica Erondina.
A entidade trabalha, essencialmente, com o processo de observação para seleção de estudantes. Em um período de seis meses a um ano, um educador observa o aluno em questão para avaliá-lo e comprovar suas potencialidades. Geralmente após a identificação, essas instituições recebem o estudante em um turno oposto ao das suas aulas do ensino básico, em uma rotina que incluem exercícios e atividades de acordo com os interesses do superdotado.
Além do acompanhamento adequado, com um corpo técnico composto por professores, doutores, mestres e especialistas, as escolas e associações para superdotados servem como plataforma para o aluno realizar seus projetos pessoais, desenvolvendo ainda mais as suas potencialidades. Segundo Ricardo Pereira, membro e psicólogo supervisor nacional da Mensa, esse tipo de ambiente é ideal para indivíduos com inteligência acima da média explorarem características como a criatividade.
Aos 15 anos, Elizelton Abreu dos Santos cursa o ensino médio, gosta de conversar, ler, mexer no computador e sair com os amigos nas horas vagas. Seria um jovem como muitos outros não fosse sua capacidade intelectual muito acima da média, especialmente em física. No ano passado ele, em um time com mais dois estudantes, foi vice-campeão nas Olimpíada Brasileira de Robótica. "Sempre gostei desse campo de robótica e engenharia, e pretendo pesquisar mais sobre o assunto no futuro", afirma Elizelton.
Quanto mais cedo for identificado esse talento natural, mais fácil adequar o estudante em uma rotina que seja produtiva para ele e para o grupo no qual esteja inserido. "Ao ignorarmos esse quadro, criamos no jovem um comportamento comum a crianças insatisfeitas. Ele se torna o excluído da turma, pois resolve os exercícios com facilidade e pode vir a atrapalhar a aula, é tachado de CDF pelos colegas e, às vezes, se fecha em seu mundo", comenta Erondina. Segundo a educadora, nossas escolas ainda não estão preparadas para filtrar os estudantes especiais de suas instituições. "Perdemos uma quantidade incrível de alunos, que chegam a negar suas altas habilidades para poder se inserir em grupos de convívio, porque as escolas não estão preparadas para lidar com eles", lamenta a presidente.
(Fonte: Terra)

Se no Brasil, nas escolas privadas, caríssimas, têm dificuldades enormes em todos os sentidos para não só avaliar, mas assistir competentemente esses estudantes, imagina nas escolas públicas que  falta orientação adequada em quase  tudo?!A escola pública está longe de reconhecer e assistir o aluno(a) superdotado(a) e tem muito deles/delas. Felizmente. Porém, perde-os covardemente. Infelizmente! O BRASIL E TODO MUNDO PERDE COM ISSO!

Convido a todos(as) para escreverem sobre esse tema.
É um tema interessante!







terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Mensagem de Otimismo...

Férias...Férias merecidas!!! E, de verdade, percebo em mim e nos colegas, nesse instante, totalmente cansados e sem a mínima vontade...


de avaliar a nossa caminhada, individual, particular ou coletiva, pelo ano letivo de 2011. Como chegamos até aqui?? São muitas as respostas. Sabemos que agora...só queremos descansar... curtir familia, amigos, shoppingsss....(?) ...dormir... queremos um pouquinho que seja de paz !
ENFIM... SAÚDE E QUE 2012 SEJA UM ANO DE REALIZAÇÕES DE SONHOS PESSOAIS E COLETIVOS!

QUE VENHA 2012!!!

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Pensando o Tempo Integral na escola

O Ciep Mané Garrincha, em Porto Alegre (RS), é uma das poucas escolas que ainda conta com turno integral no Estado


Foto: Angela Chagas/Terra

ANGELA CHAGAS

Quando foi governador do Rio de Janeiro, entre 1983 e 1987 e, depois, entre 1991 e 1994, Leonel Brizola deu início ao sonho de implantar escolas de turno integral com a construção de pelo menos 500 Centros Integrados de Educação Pública (Cieps). Passados mais de 17 anos do fim de sua gestão, a proposta fracassou no Estado, e também no Rio Grande do Sul, onde foi implantada no início dos anos 1990 na administração do PDT. Segundo a Secretaria de Educação do Rio de Janeiro, de cerca de 500 Cieps construídos e postos em funcionamento no Estado, 307 continuam sob a gestão da rede estadual. O restante foi repassado para os municípios ou destinado para outras atividades. Do total de escolas ligadas ao governo estadual, apenas 150 seguem com o horário integral, o que corresponde a menos da metade da rede de Cieps. No Rio Grande do Sul, onde os centros foram erguidos durante a gestão de Alceu Colares (1991-1994), seguidor de Brizola, a realidade é ainda pior: de mais de 90 escolas construídas, apenas 16 contam atualmente com o horário ampliado, segundo dados da Secretaria de Educação. Uma das poucas que ainda resiste com o turno integral é a Escola Mané Garrincha, na capital gaúcha. Com 490 alunos, a escola oferece turno integral para 250 estudantes do 1º ao 5º ano, que ficam no colégio das 8h até as 17h30. O restante, do 6º ao 8º ano, permanece na escola quatro horas por dia. Segundo o diretor, Sérgio Luiz Carvalho de Aguiar, após a inauguração em 1994, o Ciep funcionava com horário integral para todas as turmas. Porém, problemas na estrutura de um dos prédios, que precisou ser interditado, obrigaram a redução da jornada para poder atender com as aulas normais todos os estudantes. O prédio ficou fechado por mais de dez anos e as obras ainda estão em andamento. A estimativa do diretor é que a estrutura possa voltar a ser ocupada nos próximos meses, com a ampliação da jornada. Enquanto isso, os alunos estão sem laboratório de informática e de ciências, que foram transformados em salas de aula. "Com a reforma também vamos voltar a ter dois ginásios, um refeitório espaçoso e uma cozinha industrial", diz o diretor, que está no magistério há 35 anos. Segundo Aguiar, o maior problema para o turno integral é a falta de continuidade dos projetos políticos dos governos. "A reforma no prédio ficou tanto tempo parada porque não era uma prioridade para os governos. O turno integral precisa ser um projeto de Estado, separada das vaidades políticas, se não acaba um governo e morre tudo", afirma. A professora de pós-graduação da Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (Unirio) Lígia Martha Coelho concorda que o turno integral precisa superar as questões partidárias. "A proposta dos Cieps foi esvaziada porque não houve compromisso de continuidade por parte dos governos que se seguiram", afirma Lígia, que é coordenadora do núcleo de estudos de educação integral da universidade. Além da falta de continuidade, a professora aponta que fracasso do projeto se deve também a "necessidade política", no caso do Rio de Janeiro, de construir 500 prédios que eram "promessa de campanha". Segundo ela, a urgência em colocar as escolas em funcionamento não permitiu que fosse dada prioridade ao projeto político-pedagógico, como se pretendia na ideia original. "Era difícil dar conta de implantar vários Cieps a cada mês e ainda discutir, no campo mesmo das escolas, todos os desafios que eram apresentados, diariamente, pelo cotidiano da proposta em funcionamento", afirma. Escola tenta acabar com 'preconceito' com Cieps

Diretora do Ciep 445 - Miguel de Cervantes, em Itaboraí (RJ), Iara Moraes da Silva, diz que o maior desafio da escola, que não funciona mais com o turno integral, é acabar com o preconceito dos pais e dos próprios alunos com os Cieps. "Nós tivemos de trabalhar muito na comunidade para acabar com o preconceito com o Brizolão (como são chamadas os Cieps no Rio de Janeiro). Os pais não queriam matricular seus filhos porque se criou a imagem de que era uma escola de pobre, de que o horário integral era para atender as crianças que não tinham o que comer em casa, que ficavam na rua." Localizada na periferia de Itaboraí, a escola atende 1,7 mil alunos. "O turno integral foi extinto pela necessidade de ampliar as vagas, no começo era uma escola de ensino fundamental e passou a ter o ensino médio também. Mas eu acho que faz muita falta ter um horário ampliado para os alunos", diz a diretora que sonha em ver os alunos do ensino médio estudando o dia inteiro, com aulas de português e matemática intercaladas com cursos de capacitação profissional. No Ciep Paraíba, em Porto Alegre (RS), a diretora Leisa Severo de Oliveira também espera ver os alunos o dia inteiro na escola, que nunca funcionou com turno integral. "A construção do colégio ficou pronta no final de 1994, mas no ano seguinte trocou o governo e a proposta foi abandonada. O que fizeram foi ampliar as matrículas, que seriam de 700 em turno integral, para 1,4 mil nos dois turnos". Segundo Leisa, principalmente para os alunos de famílias mais carentes o turno integral é uma necessidade. "Os pais não têm condições de dar um suporte em casa para o ensino. Além de reforçar o aprendizado, o turno integral tira as crianças da rua", diz ao destacar que espera que o alto custo de implantação do modelo no País não seja visto como um gasto pelos gestores, mas como um "investimento". Entraves para o turno integral no Brasil

A professora da Unirio destaca que, ao contrário do Brasil, o turno integral é uma realidade em países desenvolvidos. "Os alunos, nessas nações, ficam em média de seis a oito horas diárias na escola, com atividades diversificadas e integradas. Por que esta prática não pode ser 'praticada' no Brasil?", questiona. Segundo Lígia Martha Coelho, entre os entraves para a adoção com qualidade do ensino integral no País está a ausência de políticas públicas efetivas, tanto por parte do governo federal, quanto dos Estados e municípios. "Alguns dirão que a questão financeira é outro entrave, que não há verbas suficientes para a implantação do turno integral em vários municípios. Penso que isto pode acontecer em algumas cidades. No entanto, quando se tem uma proposta como essa, as verbas precisam ser encontradas, simplesmente porque é uma prioridade", diz a especialista em educação integral. Para o sucesso da proposta, ela lembra ainda que não basta ter uma estrutura completa como a de um Ciep, sem pensar na formação dos professores, sem planejamento pedagógico das ações - que não podem ser focadas somente num reforço no contraturno - e sem incluir todos os alunos de uma mesma escola, "evitando preconceitos ou desestímulo por parte dos que estão dentro ou fora da proposta", completa. O que são os Cieps

Os Centros Integrados de Educação Pública foram criados a partir de 1984, sob a coordenação do educador Darcy Ribeiro, então vice de Brizola no governo do Rio de Janeiro. O projeto foi interrompido em 1987 e retomado em 1991, no segundo governo de Brizola. No Rio Grande do Sul, a ideia foi adotada no começo dos anos 1990, na gestão do pedetista Alceu Colares. O projeto arquitetônico foi idealizado por Oscar Niemayer, que desenvolveu prédios pré-fabricados, com a finalidade de aliar baixo custo e rápida execução. A estrutura padrão possui biblioteca, refeitório, centro médico, ginásio coberto e alojamentos. Já a proposta pedagógica desenvolvida por Darcy Ribeiro previa oito horas diárias de permanência na escola com quatro refeições e atividades integradas ao currículo básico. De acordo com Laurinda Barbosa, consultora da Fundação Darcy Ribeiro e uma das idealizadoras da proposta, o objetivo dos Cieps era de oferecer uma aula formal, aliada à prática de esportes, à cultura e ao desenvolvimento das comunidades. "A ideia discutida do Darcy Ribeiro é que a escola promovesse um planejamento integrado, oferecendo às crianças e aos adolescentes a possibilidade de um exercício pleno da cidadania, sabendo ler e escrever, compreendendo sociedade e transformando o ambiente em que vive", afirma. Segundo Laurinda, por mais que algumas escolas da rede estadual ainda permaneçam com o modelo de turno integral, nenhuma segue a proposta original dos Cieps. "O turno integral proposto por Darcy não é aquele em que se tem aula de reforço no contraturno. O modelo dos Cieps unia o conhecimento formal com arte, esportes, ciência, literatura. Sem planejamento integrado e sem proposta pedagógica, isso não se faz", completa

domingo, 30 de outubro de 2011

Peraíiiiiiiii... É novembro...ainda dá tempo de... Podemos refletir um pouco sobre ...

Polêmica ou ignorância?

Discussão sobre livro didático só revela ignorância da grande imprensa

Marcos Bagno (Universidade de Brasília)

Para surpresa de ninguém, a coisa se repetiu. A grande imprensa brasileira mais uma vez exibiu sua ampla e larga ignorância a respeito do que se faz hoje no mundo acadêmico e no universo da educação no campo do ensino de língua.
Jornalistas desinformados abrem um livro didático, leem metade de meia páginae saem falando coisas que depõem sempre muito mais contra eles mesmos doque eles mesmos pensam (se é que pensam nisso, prepotentementeconvencidos que são, quase todos, de que detêm o absoluto poder da informação).
Polêmica? Por que polêmica, meus senhores e minhas senhoras? Já faz mais de quinze anos que os livros didáticos de língua portuguesa disponíveis no mercado e avaliados e aprovados pelo Ministério da Educação abordam o tema da variação linguística e do seu tratamento em sala de aula. Não é coisa de petista, fiquem tranquilas senhoras comentaristas políticas da televisão brasileira e seus colegas explanadores do óbvio.
Já no governo FHC, sob a gestão do ministro Paulo Renato, os livros didáticos de português avaliados pelo MEC começavam a abordar os fenômenos da variação linguística, o caráter inevitavelmente heterogêneo de qualquer língua viva falada no mundo, a mudança irreprimível que transformou, tem transformado, transforma e transformará qualquer idioma usado por uma comunidade humana. Somente com uma abordagem assim as alunas e os alunos provenientes das chamadas “classes populares” poderão se reconhecer no material didático e não se sentir alvo de zombaria e preconceito. E, é claro, com a chegada ao magistério de docentes provenientes cada vez mais dessas mesmas “classes populares”, esses mesmos profissionais entenderão que seu modo de falar, e o de seus aprendizes, não é feio, nem errado, nem tosco, é apenas uma língua diferente daquela – devidamente fossilizada e conservada em formol – que a tradição normativa tenta preservar a ferro e fogo, principalmente nos últimos tempos, com a chegada aos novos meios de comunicação de pseudoespecialistas que, amparados em tecnologias inovadoras, tentam vender um peixe gramatiqueiro para lá de podre.
Enquanto não se reconhecer a especificidade do português brasileiro dentro doconjunto de línguas derivadas do português quinhentista transplantados para as colônias, enquanto não se reconhecer que o português brasileiro é uma língua em si, com gramática própria, diferente da do português europeu, teremos de conviver com essas situações no mínimo patéticas.
A principal característica dos discursos marcadamente ideologizados (sejam eles da direita ou da esquerda) é a impossibilidade de ver as coisas em perspectiva contínua, em redes complexas de elementos que se cruzam e entrecruzam, em ciclos constantes. Nesses discursos só existe o preto e o branco, o masculino e o feminino, o mocinho e o bandido, o certo e o errado e por aí vai. Darwin nunca disse em nenhum lugar de seus escritos que “o homem vem do macaco”. Ele disse, sim, que humanos e demais primatas deviam ter se originado de um ancestral comum. Mas essa visão mais sofisticada não interessava ao fundamentalismo religioso que precisava de um lema distorcido como “o homem vem do macaco” para empreender sua campanha obscurantista, que permanece em voga até hoje (inclusive no discurso da candidata azul disfarçada de verde à presidência da República no ano passado).
Da mesma forma, nenhum linguista sério, brasileiro ou estrangeiro, jamais disse ou escreveu que os estudantes usuários de variedades linguísticas mais distantes das normas urbanas de prestígio deveriam permanecer ali, fechados em sua comunidade, em sua cultura e em sua língua. O que esses profissionais vêm tentando fazer as pessoas entenderem é que defender uma coisa não significa automaticamente combater a outra. Defender o respeito à variedade linguística dos estudantes não significa que não cabe à escola introduzi-los aomundo da cultura letrada e aos discursos que ela aciona. Cabe à escola ensinar aos alunos o que eles não sabem! Parece óbvio, mas é preciso repetir isso a todo momento.
Não é preciso ensinar nenhum brasileiro a dizer “isso é para mim tomar?”, porque essa regra gramatical (sim, caros leigos, é uma regra gramatical) já faz parte da língua materna de 99% dos nossos compatriotas. O que é preciso ensinar é a forma “isso é para eu tomar?”, porque ela não faz parte da gramática da maioria dos falantes de português brasileiro, mas por ainda servir de arame farpado entre os que falam “certo” e os que falam “errado”, é dever da escola apresentar essa outra regra aos alunos, de modo que eles – se julgarem pertinente, adequado e necessário – possam vir a usá-la TAMBÉM. O problema da ideologia purista é esse também. Seus defensores não conseguem admitir que tanto faz dizer assisti o filme quanto assiti ao filme, que a palavra óculos pode ser usada tanto no singular (o óculos, como dizem 101% dos brasileiros) quanto no plural (os óculos, como dizem dois ou três gatos pingados).
O mais divertido (para mim, pelo menos, talvez por um pouco de masoquismo) é ver os mesmos defensores da suposta “língua certa”, no exato momento em que a defendem, empregar regras linguísticas que a tradição normativa que eles acham que defendem rejeitaria imediatamente. Pois ontem, vendo o Jornal das Dez, da GloboNews, ouvi da boca do sr. Carlos Monforte essa deliciosa pergunta: “Como é que fica então as concordâncias?”. Ora, sr. Monforte, eu lhe devolvo a pergunta: “E as concordâncias, como é que ficam então?

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

6-Mãos.wmv

Outubro indo-se! ...

Vindo novembro... com ele expectativas... momento de encerramento do ano letivo...hora de alguns retoques e pinceladas na tela que desenhamos no decorrer de 2011. 
Ano passando rápido! 

domingo, 23 de outubro de 2011

Sobre Noticias dos Resultados "pós greve" das reuniões com o Governo e SindUte...Ver Blog da Beatriz Cerqueira ...(nossa lista de blogs)

É importante que toda a sociedade, não só professores(as) da rede estadual em estado de greve acompanhem os resultados dessas negociações, pois são assuntos que interessam a todos e todas. Só assim, poderemos julgar, conversar, criticar, votar e participar compromissadamente de movimentos sociais, sejam eles quais forem. E participar deles, conforme nosso livre arbítrio, é um direito intransferível de cada cidadão e cidadã!
"Vem vamos embora esperar não é saber, quem sabe faz hora e não espera acontecer."
Lembrem-se o voto é um direito constitucional, um instrumento de construção de sonhos!
Abraços

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

A gente vai...mas volta ao mesmo assunto...coisa mal resolvida...Veja o vídeo e responda: QUANTO VALE UM PROFESSOR(A)? UM MÉDICO? UM(A) ENFERMEIRA...(??)


( Embora não concorde com a nota, a reportagem é muito boa e por isso, vale o vídeo e a compreensão e o respeito à revolta  do autor do mesmo!)

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

FLORES AOS PROFESSORES E PROFESSORAS!



PARABÉNS PELO SEU DIA QUE VEM VINDO! PARABÉNS PELAS VITÓRIAS DE CADA DIA! PARABÉNS POR ESTAR MEDIANDO A CONSTRUÇÃO DE UMA SOCIEDADE MELHOR E MAIS JUSTA PARA TODOS! - 11 outubro de 2011-

sábado, 1 de outubro de 2011

L12499 - ...novos estabelecimentos públicos para educação infantil

L12499

Legislação - referentes à educação brasileira -

Legislação

L8069 - ECA - atualizada -

L8069

PROFESSORES APANHANDO EM REDE NACIONAL...SÓ REIVINDICAM SALÁRIO JUSTO PARA QUE POSSAM CONTINUAR PROFESSORES

QUEREMOS ESCOLAS, ESCOLAS, ESCOLAS, ESCOLAS E SEUS PROFISSIONAIS JUSTAMENTE PAGOS! MORADIAS SEGURAS...AS CHUVAS ESTÃO VINDO AÍ!!!!

QUEREMOS ESCOLAS DE TEMPO INTEGRAL PARA CRIANÇAS DO BOLSA FAMILIA, T O D A S! E CURSOS  PROFISSIONALIZANDES SÉRIOS E REMUNERADOS PARA OS PAIS E RESPONSÁVEIS POR ELAS...ALÉM DE ESCOLAS PROFISSIONALIZANTES GRATUITOS PARA TODOS OS  ADOLESCENTES DO NONO ANO E  ENSINO MÉDIO COM VAGAS A PERDER DE VISTAS... E TRABALHO, TRABALHO E TRABALHO.
 QUEREMOS SER TRATADOS COM A DECÊNCIA E O RESPEITO QUE MERECEMOS!
POR QUE É TÃO DIFICIL DE ENTENTER ISSO!!!
 TEM DINHEIRO PARA CORRUPÇÃO E SALÁRIOS  EXORBITANTES  TEM QUE TER DINHEIRO PARA O QUE É JUSTO E ÓBIO!

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Educação. Precisamos de movimentos coletivos pela Educação,pela habitação segura, pela Saúde Pública, pela segurança, pelo trabalho, políticos decentes ...e contra a CORRUPÇÃO!

O deputado federal conversou com a jornalistra Maria Lins sobre a descriminalização da maconha. Foto: Ivan Pacheco/Terra
Dep. Paulo Teixeira: 1º passo é regulamentar maconha terapêutica
30 de setembro de 2011 15h58 atualizado às 16h32
Notícia      O deputado federal conversou com a jornalistra Maria Lins sobre a descriminalização da maconha
Na semana em que o Terra exibe gratuitamente o filme Quebrando o Tabu, protagonizado pelo ex-presidente da República Fernando Henrique Cardoso, o líder do PT na Câmara dos Deputados, Paulo Teixeira, afirmou que o primeiro passo nesse debate sobre descriminalização da maconha é liberar o seu uso para fins medicinais, algo que já ocorre em países conservadores, como os EUA.
Confira a entrevista de FHC na íntegra
Assista ao filme 'Quebrando o Tabu' com exclusividade na internet

"Os valores desse uso são comprovados para diversos problemas", explicou, enumerando doenças como glaucoma, câncer e aids, que usam a droga como forma de tratá-las. "O título Quebrando o Tabu é feliz por isso. Porque o tema é complicado e precisa ser debatido", elogiou.
De acordo com Teixeira, o segundo passo, justamente o centro de seu projeto de lei que visa mudar o foco do combate às drogas no País, é terminar com a regra de que usuário deve ir para a cadeia. "Eu conheço um jovem de 19, 20 anos, que está preso há 60 dias porque foi pego com uma quantidade teoricamente maior da droga", descreveu, deixando claro o erro da atual legislação brasileira sobre o tema, que não especifica a quantidade de entorpecente que diferencia usuário de traficante. "Se a preocupação da familia era com a droga, virou com a cadeia. O que nós queremos é discutir o tema, isolando-o de um contexto que só piora o seu debate".
Essas duas práticas acabariam levando, enfim, ao terceiro e último passo, tirar o poder econômico do tráfico, ao menos na escala existente atualmente, regulamentando, assim, a comercialização do entorpecente, a exemplo do que já é feito com o cigarro e o álcool. "Temos que adotar estratégias que permitam uma regulação restrita, e a Europa tem vários exemplos. Em Portugal, a violência associada às drogas caiu e o uso da droga também caiu. Isso porque o país tirou esse assunto da esfera penal e passou a se focar apenas no grande traficante", citou. "Precisamos de uma legislação de transição que faça diminuir o impacto negativo atual na sociedade brasileira".
Bastante elogiado na quinta-feira (29) pelo tucano Fernando Henrique Cardoso por propor um projeto de lei que colocaria o Brasil finalmente avançado em relação ao debate, o deputado petista justificou seus esforços citando a série de pontos negativos que, até agora, a "guerra contra as drogas" trouxe à sociedade brasileira. "Esse é um tema de Estado, sem qualquer identidade partidaria. Tenho certeza de que muitos no PSDB discordam da posição do Fernando Henrique, assim como há muitas opiniões contrárias às minhas no PT. Muitas pessoas falam que, se você discutir e buscar um novo cenário, vai piorar a situação. Mas qual é o pior cenário, o futuro ou o atual?", indagou antes de ele próprio responder, "para mim, é o atual".
'Quebrando o Tabu' no Terra
O Terra, maior empresa latino-americana de mídia digital, exibe com exclusividade na internet para todo o Brasil e demais países da América Latina onde atua, o filme brasileiro Quebrando o Tabu. A partir desta segunda-feira, 26 de setembro, até 3 de outubro (às 6h59 - horário de Brasília) o filme ficará disponível, gratuitamente, no Terra TV Video Store, locadora online do Terra.
O longa traz uma discussão sobre o problema das drogas no Brasil e no mundo. A figura central do filme é o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso , que traz depoimentos dos ex-presidentes dos EUA Bill Clinton e Jimmy Carter, do médico Drauzio Varella e do escritor Paulo Coelho. A direção é de Fernando Grostein Andrade.
Terra

quinta-feira, 29 de setembro de 2011

Terra - Ao Vivo - FHC fala de Quebrando o Tabu e maconha

Terra - Ao Vivo - FHC fala de Quebrando o Tabu e maconha

DESCRIMINALIZAÇÃO? REGULAÇÃO? LEGALIZAÇÃO? Palavras complicadas. Cada uma com seu significado e contexto legal. O que é, afinal, DROGA?O que se dicute em termos de relevância? Qual é a proposta para a liberação do USO DE DROGAS, se "oficiosamente" já está liberada?Será que ninguém está vendo a maioria das praças, praias, etc.? Discussão, procedimentos, aplicação e consequencias? Quem são os usuários? Quem são os "vendedores"? Interesse econômico? E a "cracolândia" , prostituição infantil, etc., como em  muitos lugares litorâneos do Brasil, como fica? Insisto...e a droga da corrupção como se combate?

quarta-feira, 28 de setembro de 2011

Terra TV - Quebrando Tabu

Terra TV - Quebrando Tabu


ALÉM, OU ANTES, TODOS NÓS BRASILEIROS E BRASILEIRAS, TEMOS QUE COMBATER, JUNTOS, A D R O G A  DA CORRUPÇÃO!!! É A MAIS SÉRIA DE TODAS AS DROGAS! É A ORIGEM DE TODAS AS OUTRAS!! SE HÁ CORRUPÇÃO... POIS É... É ISSO AÍ!!!
COMBATER A CONSEQUÊNCIA... SE A ORIGEM  CONTINUA ROBUSTA E SAUDÁVEL?! COMO?! 
MAS...QUEM SOU EU, NÉ, TANTAS PERSONALIDADES PENSANDO DIFERENTE! É UMA OPINIÃO E UM CONVITE À REFLEXÃO.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Quero - Carlos Drummond de Andrade - voz de Paulo Autran

NO MEIO DO CAMINHO na voz de Drummond

- "Mais respeito, eu sou criança", de Paulo Leminski - Vit...

O QUE TEM A POESIA A VER COM A ESCOLA? ESTÁ FALTANDO POESIA NA ESCOLA!!! VAMOS LER...DECLAMAR E CANTAR POEMAS E DAR VIDA À ESCOLA? VOCE

Memória (declamado por Carlos Drummond de Andrade)

"Cântico Negro"Declamado por Maria Bethânia (Poema de José Régio).flv

Retrato - Poema declamado por Cecília Meireles

ESTAMOS ESQUECENDO DA POESIA...DA LEITURA E DECLAMAÇÃO DE POESIAS NA ESCOLA!!! ESTÁ FALTANDO POESIA...POESIA!!!! Poema das Sete Faces

estuda minas

estuda minas

Ocupação de professores suspende sessão plenária na Assembleia Legislativa | Gerais: Estado de Minas

Ocupação de professores suspende sessão plenária na Assembleia Legislativa Gerais: Estado de Minas

CANTO Á ALFABETIZAÇÃO - LINDO!!

TV Sala - Ensino de Línguas Mediado por Tarefas (www.sala.org.br)

VAMOS PENSAR NISSO?! TV Sala - Ensino de línguas e as novas tecnologias (www.sala.org.br)

Um pouco de HUMOR VAMPIRO

NÃO PRECISAMOS DE EDUCAÇÃO

NÃO PRECISAMOS DE PROFESSORES
AFINAL....
PARA QUE SER UM PAÍS DE 1° MUNDO SE ESTÁ BOM ASSIM!

Ronaldinho Gaúcho: R$ 1.400.000,00 por mês...
"Homenageado na Academia Brasileira de Letras"... LETRADO ELE
"Membro da Comissão de Educação e Cultura do Congresso"...COMO DIZEM OS GAUCHOS:
- TCHÊ... QUE TAL?
TRADUZINDO, O SALÁRIO DO PALHAÇO AÍ, PAGA SÓ 30 PROFESSORES, E PARA AQUELES QUE ACHAM QUE EDUCAÇÃO NÃO É IMPORTANTE, CONTRATA O TIRIRICA PARA DAR AULA PARA SEU FILHO.
Um funcionário da Sadia (nada contra, o professor é ganha mal) ganha hoje o mesmo salário de  um professor iniciante, levando em consideração que para trabalhar na empresa você precisa ter o fundamental, ou seja, de que adianta estudar, fazer pós e mestrado?
Piso Nacional dos professores: R$ 1.187,00...
Moral da História:
Os professores ganham pouco, porque só servem para nos ensinar coisas inúteis como:
ler, escrever, pensar, matemática.(aritimética? )
Sugestão:
Mudar a grade curricular das escolas, que passaria a ter as seguintes matérias:
- Educação Física: Futebol
- Música: Sertaneja, Pagode, Axé
- História: Grandes Personagens da Corrupção Brasileira
Biografia dos Heróis do Big Brother
Evolução do Pensamento das "Celebridades"
- História da Arte: De Carla Perez a Faustão
- Matemática: Multiplicação Fraudulenta do Dinheiro de Campanha
Cálculo Percentual de Comissões e Propinas
- Português e Literatura:
??????????????????????? Para quê??????????? ???????????
- Biologia, Física e Química:
Excluídas por excesso de complexidade
ESSE É O NOSSO BRASIL!!!!!!
Olha o absurdo no Rio de Janeiro (que não é diferente no resto do Brasil)

BOPE R$ 2.260,00........................ para Arriscar a vida;

Bombeiro R$ 960,00.....................para Salvar vidas;

Professor R$ 728,00.....................para Preparar para a vida;

Médico R$ 1.260,00.......................para Manter a vida;

E o Deputado Federal?

Ganha R$ 36.000,00 para FERRAR a vida de todo mundo!
E o Senador? Vereadores?...
(Recebemos sem autoria )

"É necessário, enfim, uma grande mobilização dos educadores e de toda a população visando fazer reverter a orientação atual da política educacional, ajustando-a ao lugar de prioridade reservado à educação na sociedade contemporânea." (Dermeval Saviani- rev. ped. v.17/N.100)

"A educação é cara, mas os custos com a ignorância são maiores."
(Ana Lúcia Gazzola -rev. ped. v.17n. 100 - jul./ago.2011)





sábado, 24 de setembro de 2011

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

Wanderley Codo: Trabalhar é aprender

Wanderley Codo: Trabalhar é aprender
• Postado por Conti-Bosso em 6 dezembro 2010 às 14:50
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O psicólogo da UnB Wanderley Codo defende que os adolescentes também exerçam um ofício. A Fernando Vives. Foto: Sergio Amaral 
Carta Capital Wanderley Codo: Trabalhar é aprender 
Fernando Vives 3 de dezembro de 2010 às 16:22h 
O psicólogo da UnB Wanderley Codo defende que os adolescentes também exerçam um ofício
Entender como funciona o mercado de trabalho para os adolescentes que estão no Ensino Médio é importante em tempos de economia aquecida. De que maneira ter de trabalhar impacta na formação de um jovem? Que benefícios ele pode tirar da experiência precoce?
Foram com essas perguntas que a reportagem de Carta na Escola procurou Wanderley Codo, professor doutor da área de Psicologia da Universidade Federal de Brasília, cuja carreira de psicólogo é permeada por estudos do ambiente de trabalho e educação, entre outras. Codo surpreendeu nas respostas, partindo sempre de duas ideias fundamentais. Primeiro, acredita que o adolescente que trabalha tende a ser mais produtivo que o seu colega que só estuda. O motivo: a procura pelo foco cedo lhe dá mais experiência de vida, que permite melhores tomadas de decisão no futuro, e incentiva os jovens a procurar exercer um ofício logo, ainda na adolescência. Segundo, entende que o mercado de trabalho mudou muito nos últimos tempos, mas que as pessoas ainda não deram a devida conta disso. “Antigamente, quem se dava bem era o sujeito com conhecimento agregado. Hoje, é o cara que não necessariamente tem conhecimento, mas que sabe aonde buscá-lo, que consegue resolver problemas”, afirma. Autor de 12 livros, entre os quais Educacão, Carinho e Trabalho (Ed. Vozes), sobre o ofício de professor, Codo também fala, nesta entrevista, a respeito da delicada relação entre educador e aluno, que, segundo ele, passa necessariamente pelo afeto. “O professor precisa ter cuidado para ensinar, mas isso gera uma estafa em sua vida”, diz.
Carta na Escola: O senhor explica em alguns dos seus livros que a psicologia do trabalho é, no Brasil, pouco estudada ou, quando é, é pouco levada a sério, sobretudo na área educacional. O que o levou a concluir isso?
Wanderley Codo: São duas as vertentes fundamentais para isso. Primeiro, existe uma tradição da psicologia do trabalho muito mais voltada para os interesses da empresa do que para os do trabalhador, e isso não somente no Brasil. Foi assim que ela se constituiu e ainda causa estranheza você pensar no trabalhador e não na empresa ao estudar essas relações. A segunda, e mais importante, especificamente, para a área educacional, é o problema de que, no imaginário social, a educação não é vista como trabalho, e sim como sacerdócio, uma missão. Um jornalista ou um cientista trabalha, mas o professor não trabalha, e sim exerce uma missão. Então são pontos que dificultam a compreensão da psicologia do trabalho.
CC: E até hoje conseguimos dizer, portanto, que a psicologia do trabalho é pouco difundida entre os trabalhadores?
WC: Podemos dizer que ela é subestimada. Felizmente há estudos e publicações sobre isso que tendem a mudar o cenário aos poucos. Os sindicatos são bons para isso também. Eu sempre falo desse tema e sempre tive sindicatos como clientes, não há dúvidas de que entendem que este debate é rico.
CC: Vamos falar sobre estudantes que também trabalham. O perfil do jovem de Ensino Médio que entra no mercado atualmente é diferente do jovem que fazia o mesmo antigamente?
WC: Há diferenças, mas isso acontece não porque os jovens mudaram, e sim porque o mercado de trabalho mudou. Há dez anos, você se formava para ter um emprego. Então toda a sua formação era para conseguir isso, o que basicamente significava entrar numa empresa, fazer carreira ali e ficar até se aposentar. Hoje não é mais essa a questão, porque ninguém mais quer um empregado para a vida inteira. Ao contrário, você quer alguém que resolva seu problema agora. Então tem hoje um jovem preparado para o mundo do emprego, mas o mundo do emprego não existe mais. O Caetano Veloso falava, já na década de 1960, em É Proibido Proibir, sobre ficar tentando matar amanhã o inimigo que morreu ontem. Não há uma adaptação, e isso não é um problema do jovem, e sim da estrutura de formação que se criou para ele. As universidades e os cursos técnicos não o preparam para o mercado de trabalho atual, e sim para o de até 20 anos atrás.
CC: E leva tempo para haver entendimento dessa mudança?
WC: Quando tempo leva, não dá para saber, mas vai ser o tempo necessário para se tomar consciência do processo. Não tenho visto escolas tanto públicas quanto privadas darem conta dessa história. Infelizmente tem-se uma educação voltada para um planeta que não existe mais.
CC: Quando o senhor fala que não existe mais emprego, quer dizer exatamente o quê?
WC: Vou exemplificar. O que é emprego? É uma jornada de trabalho fixa por um salário e por algum tipo de separação entre planejamento e execução. Quem hoje tem trabalho que implica isso tudo? Um jornalista não, por exemplo. Não costumam ter jornada fixa e não têm salário fixo, porque pode ganhar um extra ao fazer free lancers. Este é o cenário em que a maioria dos trabalhadores já está vivendo, não apenas jornalistas. O educador, por exemplo, não tem jornada – além das várias aulas, às vezes ele está assistindo a uma novela e descobre nela que pode fazer um exercício a ser usado em sala de aula no dia seguinte. Ele está trabalhando ao fazer isso? Ninguém sabe se está ou se não. Então essa concepção de emprego mudou. A jornada fixa está cada vez mais rara em alguns setores da indústria, e quando existe, o há com vários estratagemas, como flexibilidade de jornada, banco de horas etc. Então não estamos mais falando em jornada fixa, muito menos simplesmente em salário.
CC: Entre outras palavras: na sua visão, existe uma defasagem entre o que é o trabalho hoje, na prática, e a concepção que as pessoas ainda têm de trabalho.
WC: Isso! E é perfeitamente natural. Exemplo: as pessoas descobriram que poderiam ter relacionamento sexual antes do casamento muito antes de as leis permitirem isso. É natural que o movimento da História ocorra mais rápido que a percepção que as pessoas têm dela. Quem estuda História aprende isso logo de cara.CC: O mercado de trabalho sofreu um forte aquecimento nos últimos anos. Hoje é mais fácil conseguir um trabalho temporário do que já foi no passado. Alunos com carteira assinada tendem a se dedicar menos aos estudos?
WC: Tudo seria ótimo se as agências de emprego tivessem se ligado no movimento que está acontecendo. Existe um processo de formação de mão de obra que remete ao século passado para um mercado que não quer mais essa formação. Você precisa, portanto, de um garoto que precisa resolver problemas. Quais? Não sei ainda, vou descobri-los amanhã de manhã. No entanto, você vê nos cursos técnicos jovens preocupados em arrumar um emprego e obedecer seu patrão. Agora você tem um handicap brutal entre o que o mercado está precisando e o que a universidade e os cursos técnicos estão oferecendo. Aliás, a universidade via pior nesse processo, porque ela insiste em um modelo escolástico de formação que rigorosamente não corresponde à realidade mais.
CC: E como definiria esse modelo escolástico?
WC: Seria a ideia de que o conhecimento é universalizável e pode ser aplicado em qualquer lugar do planeta. Não existe mais isso. Agora você aprende a aprender. O que o mercado quer é um pesquisador ou um cientista em potencial, em qualquer área. Isso se chama na linguagem técnico-burocrática de “empreendedor”. O sujeito tem de entrar naquele local de trabalho e resolver um problema. Procura-se um empreendedor. Veja o seu trabalho de jornalista. O que você fez para falar comigo? Você foi buscar um sujeito para falar sobre os jovens e o trabalho, me achou, entrou em contato, viu sobre minhas obras e agora está falando comigo. O que é isso? Um trabalho de pesquisa.
CC: E já que é necessário o perfil do sujeito que sabe aprender a resolver problemas em vez de quem tem o conhecimento agregado, dá para a gente dizer que, por conta desse perfil, existe uma diferença menor entre uma pessoa que sabe trabalhar na prática do que um estudante universitário?
WC: Sim, é isso, até que a universidade encontre o planeta real e comece a trabalhar sobre a atual necessidade do mercado. Vai valer mais o brilho da atuação individual do que o currículo acadêmico – claro que se remunera mais quem tem diploma universitário, mas não vamos entrar neste mérito. O estudante pode não ter cultura agregada, mas se ele sabe resolver problemas, terá sucesso. O perfil valorizado é o do sujeito que sabe aprender, não o que tem conhecimento agregado.
CC: Antigamente era comum as famílias, sobretudo, das classes C, D e E acharem que o filho que está na escola teria mais chances na vida se deixassem de estudar para trabalhar. Essa mentalidade ainda está presente?
WC: Olha, as famílias querem um bom emprego ainda para os seus filhos. Isso ainda é uma verdade absoluta, Ensino Superior ou Técnico.
CC: O estudante que trabalha acaba tendo menos tempo para se dedicar aos estudos. Qual o impacto disso na escola?
WC: Talvez a nota dele não seja tão boa, mas, paradoxalmente, ele se dá muito melhor na vida. O estudante que trabalha inventa um foco cedo. O aluno que só estuda muitas vezes acaba não tendo foco ou a pressão devida. Dou aula há 35 anos em faculdades, e faz 35 anos que os alunos que estudam à noite e trabalham o dia inteiro vão melhor que os alunos que têm tempo o dia inteiro.
CC: Mas trabalhar implica fortes mudanças na construção de sua personalidade…
WC: Eu sou muito a favor de os adolescentes trabalharem. A melhor escola do mundo é o trabalho. O garoto deve ser explorado? Claro que não, mas ele deve ter compromissos cedo, isso vai ser muito benéfico para moldar a sua personalidade.
CC: Então aquele modelo americano, em que os pais das classes baixa e média incentivam seus filhos a ter empregos nas férias ou nos períodos do dia em que não estão estudando, é benéfico?
WC: Esse é o modelo americano, e é também da União Soviética quando esta existia. As duas potências investiram nisso, e dá para entender que ele dá certo. Isso envolve a construção da vida, isso é uma experiência que faz bem para as pessoas.
CC: O senhor entende que a experiência de trabalhar cedo gera, portanto, uma mudança positiva. Essa mudança é mais rápida ou mais profunda?
WC: Mais rápida e mais profunda. Quanto mais cedo começar a cuidar da vida, melhor para eles.
CC: O senhor diz que a relação do professor com o estudante precisa de um certo vínculo afetivo entre as duas partes. Por quê? 
WC: O trabalho do professor é caracterizado, essencialmente, pelo vínculo afetivo. Não há outra fórmula de ensinar que não seja por vínculo afetivo. É um trabalho de cuidado. Ao fazer essa entrevista, você não está cuidando de mim, e eu não estou cuidando de você. No caso do professor, sim, depende. Estamos falando, fundamentalmente, de afeto. O livro que escrevi chama-se Educação, Carinho e Trabalho. Educação e saúde são os setores em que carinho se confunde com trabalho, cuidado se confunde com trabalho. E isso é a dor e a delícia de ser professor, e isso gera um desgaste brutal, embora, necessariamente, ruim. Esse desgaste é estudado desde 1975 e tem o nome de burn out, que é perder a empolgação pela profissão.
CC: É um problema habitual da profissão do professor. E como sair dele quando acontece?
WC: Essa é minha linha de pesquisa recente. O educador estafado deve se voltar para si e para suas condições de trabalho, mas não deve fazer isso sozinho, o faça coletivamente, busque com seus parceiros de trabalho o que é que está dando problema.

Comentário: Considero assertiva essa idéia/estudo do psicólogo/professor Wanderley Code, É descomunal o hiato entre pessoas que vivem os primeiros 20/22 anos (em médias) só para estudar e a falta de experiências com a realidade da vida no mundo em que vivemos.

quinta-feira, 22 de setembro de 2011

NÃO É FICÇÃO NÃO!!! - INFELIZMENTE!

Escola ficará fechada amanhã (Reprodução/TV Globo)
Um menino de 10 anos atirou contra uma professora dentro da sala de aula na Escola Professora Alcina Dantas Feijão, em São Caetano do Sul, no ABC paulista, por volta das 15h30 desta quinta-feira. No momento dos disparos, havia 25 alunos no local.

Segundo a Prefeitura da cidade, David Mota Nogueira, aluno do 4º ano C, disparou contra a professora Rosileide Queiros de Oliveira, de 38 anos, e, em seguida, ele se retirou da sala e atirou na própria cabeça.

O aluno foi atendido no Hospital de Emergência Albert Sabin, na Avenida Keneddy, em São Caetano. Ele sofreu duas paradas cardíacas e morreu por volta das 16h50. A professora foi socorrida pelo helicóptero Águia da Polícia Militar. Ainda não há informações sobre o estado de saúde dela.

Alvo de gozação
David sofria bullying pelo fato de ser manco, segundo informações do Diário do Grande ABC. "O pessoal da sala dele zoava muito com a deficiência", disse Cayan de Castro Amorim, 14, aluno da escola, em entrevista ao jornal. (Yahoo- ontem- 22/09/11)

Palestra Pedro Demo parte 01 - Cópia NÃO! Professor Pesquisador, Aluno Pesquisador - Promotores de Conhecimentos e Autônomos- Cópias rasas da Net não!

domingo, 18 de setembro de 2011

Palestra Pedro Demo_parte 04.wmv

Palestra Pedro Demo parte 03

Palestra Pedro Demo parte 02

Entrevista Especial com Pedro Demo sobre Educação

Demo fala sobre cópias!!!Estou copiando...Não posso fazer diferente agora se quero mostrar o que ele fala para todos nós!!! É importantissimo!!!

NBR Entrevista - Mais Educação

CONHECIMENTOS PEDAGÓGICOS - 10 NOVAS COMPETÊNCIAS PARA ENSINAR (Capítulo...

10 novas competências para ensinar

Conceitos e pressupostos da educação integral

Arranjos educacionais para a educação integral | SciVee

Arranjos educacionais para a educação integral SciVee

Educação integral, indicadores sociais e aprendizagem escolar | SciVee

Educação integral, indicadores sociais e aprendizagem escolar SciVee

A intersetorialidade no contesxto da educação integral | SciVee

A intersetorialidade no contesxto da educação integral SciVee

Projeto de Leitura Escola de Tempo Integral José Teixeira do Amaral Urân...

FALA MINISTRO! Escola em tempo integral & Programa Mais Educação

sexta-feira, 16 de setembro de 2011

COMUNICAÇÃO E INTERNET - Thiago Cassini -

Comunicação e Internet
por Thiago Cassini em setembro 14 , 2011 às 4:14 pm | Comente aqui.
Quem imaginou que iria começar a ler sobre os prós e contras do uso das novas tecnologias na escola se enganou. Muitos  textos que temos lido vão nessa direção. No entanto, as dúvidas e desafios dos educadores não se referem ao uso dessa ou daquela tecnologia, e sim a posturas e paradigmas de comunicação. Vamos entender por que, ao começarmos nossa conversa falando um pouco sobre COMUNICAÇÃO, essa maravilhosa capacidade do ser humano de elaborar e expressar seus pensamentos e sentimentos em sons, palavras, desenhos, gestos e outras formas…
Quem já parou para pensar no modelo de comunicação que já experimentou na escola ou em casa? E no modelo de comunicação em que estamos inseridos ao entrarmos em contato com a televisão, o jornal, o rádio?
Pois é, para quem ainda não refletiu sobre isso, este é o momento… Segundo estudos teóricos da comunicação, a maioria dos processos de comunicacionais do nosso cotidiano é denominado modelo de comunicação em estrela (a imagem é sugestiva). Nesse modelo, trabalha-se com um único emissor e diversos receptores.
Do ponto de vista comunicacional, a própria escola surgiu baseada no modelo de comunicação em estrela (um único emissor e diversos receptores): disciplinas compartimentadas, campos delimitados, aprendizagem individual com pouca ou nenhuma negociação de sentido. O professor desempenhava o papel de emissor da informação e o aluno o de receptor.
É importante mencionar que o paradigma da comunicação não se baseia, exclusivamente, no meio em si, mas sim do uso que se faz desses meios. Por exemplo, as ações decorrentes do uso da fala, do livro, do giz, da televisão, do rádio, do computador é que definem qual é o paradigma da comunicação que está em jogo. O filósofo francês Michel Sèrres afirma que “As novas tecnologias não trazem novos desafios à Educação”. Segundo Sèrres, os desafios que a escola de hoje enfrenta são antigos e independem das tecnologias.
Dessa forma, podemos considerar que um dos grandes desafios da escola, mais do que utilizar tal ou qual recurso tecnológico, é derrubar o paradigma da comunicação em estrela. Esse movimento já pôde ser observado no final do século XIX, quando alguns educadores começaram a usar métodos e concepções baseados na interação e negociação de sentido, independentemente das tecnologias que dispunham em seu cotidiano.
Um exemplo é o educador francês Celestièn Freinet, que no início do século XX defendia uma escola centrada na criança, considerada como parte de uma comunidade. Em sua metodologia, as crianças aprendiam a Técnica de Impressão, introduzida pelo educador, com a qual reproduziam textos elaborados pelos próprios alunos. Nesse tipo de atividade, prevalecia o espírito cooperativo, e os trabalhos eram apresentados, discutidos e impressos pelas crianças. Os textos eram agrupados com o objetivo de criar um Diário de Classe  e um Jornal Escolar.
Podemos dizer que posturas educativas como a de Freinet estão relacionadas a outro modelo comunicacional, o de comunicação em rede (a imagem também é sugestiva). Neste modelo, trabalha-se com muitos pontos interligados, e todos são emissores e receptores de informação.
As invenções do século XIX e XX na área de tecnologias de comunicação e de informação criaram um cotidiano permeado de novas linguagens e de novas possibilidades de comunicação. Vimos o surgimento do computador pessoal (PC), da conexão de vários computadores a um servidor (Intranets) e da rede mundial de computadores, a Internet, que, desde a década de 90, com a popularização da World Wide Web (WWW), vem ganhando grande espaço em nossas vidas.
O mundo de hoje requer do jovem (e de todos nós) a capacidade de se comunicar com um número cada vez maior de pessoas, de processar dados e informações em maior quantidade e com mais velocidade. O crescente acesso aos meios de comunicação também possibilita que a produção e a emissão das informações sejam feitas por mais atores. Vemos o crescimento de canais de televisão, da produção de vídeos, das rádios educativas, de jornais locais…
E é neste ponto que a Internet vem facilitar, de forma extraordinária, o aumento da diversificação dos pontos emissores de informação. Segundo o paradigma da comunicação em rede, a própria estrutura do conhecimento e o modo como a escola trabalhava devem ser questionados.
Hoje já se observa que a abordagem apenas por disciplinas vem perdendo força em relação a abordagens interdisciplinares, que se mostram mais capazes de responder ao modo de criar significados de uma geração que convive com o paradigma de comunicação em rede. A integração das disciplinas favorece que os processos de aprendizagem levem os alunos a se envolverem mais em projetos de estudo com interfaces múltiplas e produção de resultados.
Nesse contexto, a Internet tem se mostrado um meio propício para a efetivação do modelo de comunicação em rede, uma vez que o educador pode:
  • Utilizar o computador conectado à rede como um recurso para o seu desenvolvimento pessoal, ao buscar sua própria formação continuada e conteúdos de seu interesse.
  • Integrar comunidades virtuais de troca e de aprendizagem, partilhando informações com outros educadores.
  • Construir roteiros de atividades para seus alunos a partir de hipertextos e da seleção, recorte, organização e edição de informações coletadas na rede.
  • Avaliar o desenvolvimento do aluno, acompanhando o processo de construção do conhecimento a partir de roteiros cognitivos orientados pelo professor ou definidos pelo aluno (por exemplo, com o registro dos caminhos de busca e pesquisa em sites e sua posterior problematização ou com o processo de construção de um texto).
  • Publicar na Web produções dos alunos e educadores, ficando disponíveis, gratuitamente, para o acesso de qualquer parte do mundo.
Por fim, outro aspecto bastante simples, mas muito importante, e que a escola não pode ignorar, é o interesse que os alunos têm em manipular e explorar o ciberespaço. Para a escola, que há tanto tempo reclama da falta de interesse dos alunos, está aí uma oportunidade de reverter esse quadro. O educador que conseguir encarar a Internet como sua aliada, estará à frente daqueles que a encaram como um problema.
(*) Mílada T. Gonçalves é pesquisadora do CENPEC e da Equipe do Portal EducaRede

Como já perceberam, gosto de compartilhar videos.Videos feitos por outras pessoas, cheios de partilhas, FONTES de conhecimentos, desafios e possibilidades de reflexões e transformações de vidas. Este, sem dúvida, também é ...

FESTA LITERÁRIA - UMA FESTA!!!




A criançada divertiu muito com o grupo  FLUÍSTORIA que fez desta manhã de sexta-feira a alegria de crianças, adolescentes e adultos.   
Escritor Tiago de  Melo Andrade, organizador do evento, estava presente. A Escola M. Prof. José Macciotti estava lá. Viu, ouviu a contação de histórias e aplaudiu com gosto.
E a festa continua no sábado com Ziraldo.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Que absurdo! Quem falou que Professores e Professoras não gostam de dicas de beleza?!

Com a correria do dia-a-dia, muitas vezes ficamos sem tempo de dar a atenção que a nossa pele merece. Mas há solução. Essa receita caseira é barata, rejuvenesce a pele e melhora a circulação sanguínea e linfática.
Ingredientes
1 xícara de sal grosso
2 colheres de sopa de azeite de oliva Como usar:
1 - Misture os ingredientes até formar uma pasta.
2 - No chuveiro, massageie pequenas quantidades nas pernas, nos braços e no abdome com movimentos circulares, sempre para cima e na direção do peito, mas evitando os seios.
3 - Enxágue. Tome um banho frio.

(Fonte: Salve o Meio Ambiente – Reader’s Digest)

TEM OUTRAS DICAS?